Sábado e domingo, dias 19 e 20, os rio-clarenses poderão conhecer, provar e comprar a boa cachaça de alambique que se produz no município e em outras cidades paulistas. Licores de sabores variados – de cachaça, amêndoa, canela, café, jabuticaba e anis, entre outros, também serão encontrados nas barracas de comercialização. Participarão do evento 12 produtores, quatro deles locais e os demais de Piracicaba, Taquaritinga, Araraquara, Serra Negra, Santa Rita do Passa Quatro, Charqueada e Limeira.
A 1ª Festa da Cachaça é organizada pela prefeitura de Rio Claro, envolve as secretarias municipais de Agricultura e de Cultura, e será realizada na Central de Agronegócios (Rua 3-A, 1155 – Vila Martins). No sábado, 19, estará aberta ao público das 18 às 22 horas, e, no domingo, das 10 às 20 horas. A renda do setor de gastronomia do evento será revertida para a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Rio Claro e Região, observa a diretora municipal de Abastecimento, Maria Elena De Mori.
Além das cachaças, em embalagens de 700 ml, um litro ou em garrafões de cinco litros, o evento também oferecerá programação musical com apresentação da dupla Gilson Viola e Serrano, no sábado, e vários outras números musicais programados para o domingo, com a locução de Ed Frank. Caipirinhas e batidas, elaboradas por barman, estão entre as atrações da festa, que também terá praça de alimentação, com variedade de opções, incluindo mandioca, frango e peixe frito, cachorro-quente e, no domingo, almoço à base de arroz de carreteiro.
Os preços das cachaças que estarão sendo comercializadas na festa têm variações. As que resultam de um processo de envelhecimento, que pode chegar a até três anos, em tonéis de carvalho ou de amendoim, são justificadamente as mais caras, e normalmente são apresentadas em embalagens de 700 ml. Estas podem custar ao redor de R$ 30 ou mais, dependendo do produtor. As demais saem mais em conta para o consumidor. Já os licores terão preços de R$ 6,00 a R$ 15,00.
O manejo da cana utilizada por estes engenhos segue normas de qualidade. “Desde o plantio, o processo de fabricação das nossas cachaças de alambique já é diferenciado”, explica o produtor rio-clarense João Spolador. Segundo ele, o negócio consome dois ou três meses de trabalho por ano, dependendo da colheita e da qualidade da cana, que sofre influência do clima como qualquer outra cultura.
Spolador chega a armazenar até 9.600 litros de cachaça por ano, reservando-a para envelhecimento. Assim, a cachaça produzida em cada ano, só vai chegar ao consumidor dois ou três anos depois. A coloração do produto é conseqüência da madeira utilizada para fazer os tonéis: tem um tom amarelado se envelhecida num tonel de carvalho, e preserva a transparência, ganha em maciez se repousar num tonel de amendoim, conta o produtor Mário Cerri, também de Rio Claro.
Recém-saída do alambique ou envelhecida, consumida nos botecos ou em cenários sofisticados de restaurantes estrelados, a cachaça – e, na sua melhor versão, a tradicionalíssima caipirinha – se junta à feijoada com a dupla mais popular da gastronomia brasileira. A 1ª Festa da Cachaça de Rio Claro estará reverenciando, portanto, uma preferência nacional.