Mais de 200 pessoas participaram da 1ª Conferência Municipal de Economia Solidária de Rio Claro, realizada pela Secretaria Municipal de Ação Social, nos dia 25 e 26, para debater propostas que vão compor do Plano Municipal de Economia Solidária e eleger delegados para a Conferência Estadual de Economia Solidária.
No sábado, divididos em grupos, os participantes desenvolveram discussões para decidir as prioridades de Rio Claro. Posteriormente, deu-se a votação das propostas, selecionando vinte delas, sendo que dez serão direcionadas à Conferência Estadual de Economia Solidária. A conferência municipal indicou quatro delegados e quatro suplentes dos empreendimentos econômicos solidários, dois delegados e dois suplentes das entidades de apoio e fomento e dois delegados e um suplente do Poder Público, que participarão da etapa estadual.
O prefeito Du Altimari destacou, na abertura, a importância da parceria da Prefeitura com a Unesp para o crescimento da Economia Solidária (Ecosol). “Um dos fatores essenciais da conferência é ter a oportunidade de criar e organizar um plano para a economia solidária municipal. Daqui, serão tiradas propostas que podem ser de grande importância para a conferência nacional. A parceria entre a universidade e o poder público é essencial para avançarmos cada vez mais, gerando benefícios diretos para a sociedade”, afirmou.
“O princípio da economia solidária já é, por si mesmo, um convite às mudanças de postura, trata de humanizar as relações, gera efeitos positivos na forma como nos posicionamos frente ao mundo atual”, analisa a vice-prefeita Olga Salomão.
A secretária de Ação Social, Lucy Wendel Ferreira, disse que se sentia como se estivesse concretizando um grande sonho. “Desde o início deste governo, em 2009, uma das nossas prioridades foi a economia solidária. Estou muito feliz por fazer parte da gestão de um trabalho que nos proporcionou a construção dessa conferência. Devemos promover mudanças para que nossa sociedade se torne mais solidária”, avaliou.
Auro Mendes, presidente do Conselho Municipal de Economia Solidária, ressaltou que a Ecosol tem estreita relação com a sociedade civil, pois nasce no berço dessa sociedade. “A economia solidária não rima com competição, concorrência ou política setorizada. Ela é plural; um plano municipal que se dá em um território e que efetivamente acontece, beneficiando não só os setores econômicos, mas também o setor público, ambiental, social, etc. Esperamos construir o novo para viver em uma sociedade cada vez mais unida”, salientou.
Robson Grizilli, representante da Rede de Gestores no Conselho Gestor do Centro de Formação em Economia Solidária Nacional, disse que está caminhando para viver de fato a Ecosol e que isso o fez ter um novo modo de vida. “A conferência é fundamental para contribuir no crescimento, na sustentação e fortalecimento da economia solidária. Trabalhando nos municípios é possível atingir um nível estadual e nacional, ampliando cada vez mais a economia solidária”, pontuou.
Para Maria Inês Rosa Ferreira, que procura estar sempre presente nas atividades da Ecosol, a conferência propiciou um grande aprendizado. “Aprendi muitas coisas para melhorar o meu negócio, como agregar valor ao meu produto e a importância de participar das feiras”, disse.
Também participaram o deputado federal Newton Lima; a vereadora Raquel Picelli; a presidente da Cooperviva e representante da Cadeia Produtiva de Resíduos Sólidos, Inair Francisca da Rocha Marcelino; e José Alexandre de Jesus Perinotto, vice-diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp de Rio Claro.