Rio Claro participa a partir da próxima quinta-feira (24) da campanha Fique Sabendo. Através da oferta do exame que identifica o vírus HIV, a campanha tem como objetivo o diagnóstico precoce da infecção pelo vírus e, conseqüentemente, o início do tratamento.
“Quanto mais cedo for feito o diagnóstico melhor será a qualidade de vida da pessoa portadora do HIV, já que a saúde deste portador será monitorada e muitas vezes nem se faz necessário o uso de medicação, apenas controle e manutenção da saúde”, explica Neide Heloisa Outeiro Pinto, coordenadora do programa DST/Aids da Fundação de Saúde de Rio Claro.
A campanha se estende até 1º de dezembro, data que marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Neste período haverá postos fixos de coleta de segunda a sexta-feira no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) das 8 às 12 horas e das 13 às 14 horas e nas unidades de saúde do Cervezão, Vila Cristina, Bonsucesso, Ajapi, Jardim das Flores, Assistência, Jardim Guanabara, Mãe Preta e Benjamin de Castro das 8 às 10 horas. Outra alternativa para a realização do exame é o CTA itinerante, que estará no Jardim Público nos dias 28 de novembro, 01 e 02 de dezembro das 9 às 14 horas.
Para fazer o exame, que é gratuito, a pessoa não precisará passar por consulta médica, apenas manifestar interesse em realizá-lo.
“Todo indivíduo passa por situações de vulnerabilidade e risco, independente da etnia, crença, status social e orientação sexual”, afirma Neide explicando que a sociedade deve quebrar os paradigmas referentes ao HIV que dificultam o acesso a verdadeira sorologia. “Todo e qualquer cidadão está sujeito à exposição e a única maneira real de se proteger é a prevenção”, completa.
Atualmente no município há 1220 casos de HIV/Aids em acompanhamento. São 360 casos de Aids, ou seja, que fazem uso de medicação, e 860 diagnósticos de HIV em acompanhamento e monitoramento da saúde do portador.
Hoje a média anual de mortes por Aids está próxima de cinco pacientes por ano em Rio Claro, sendo que na maioria das vezes são pacientes que abandonam o tratamento espontaneamente. A média anual é de 45 novos casos por ano e a proporção entre os sexos hoje é de 2:1, ou seja, dois homens para uma mulher.
