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06 de maio de 2010 Agricultura

Galho cai de árvore na Praça da Igreja São Benedito

Um enorme galho de ipê roxo caiu na tarde desta quinta-feira, 6, na Praça da Igreja de São Benedito. O galho quase atingiu a grade que cerca o templo católico e sua queda ocorreu momentos antes da saída de um grupo da Melhor Idade, que se reunia na igreja. Equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Silvicultura chegaram ao local logo depois do ocorrido. Felizmente, não havia pessoas na área atingida.

Galho que caiu na Praça São Benedito tinha 10 metros de comprimento, aproximadamente

O secretário de Agricultura, Carlos Alberto Teixeira De Lucca que verificou pessoalmente o ocorrido, explicou que o ipê roxo, típico da Mata Atlântica, tende a se desenvolver na floresta com um só tronco, sem galhos secundários de porte. Quando a espécie encontra espaço aberto, no entanto, como no caso da Praça São Benedito, sucede que vários galhos partam do tronco em várias direções. A probabilidade de que não resistam ao próprio peso, então, aumenta progressivamente com o passar do tempo. “Esta árvore tem cerca de 30 a 40 anos, embora esta espécie possa atingir 80 anos, em média”, afirmou De Lucca referindo-se ao exemplar existente na praça. O diagnóstico, portanto, confirmou que a árvore é saudável e se encontra em boas condições, o que não impediu o galho de se desprender do tronco em razão do formato que a planta atingiu ao crescer livremente num espaço amplo. De Lucca acrescentou que o ipê roxo é classificado como madeira de lei.

Há algumas semanas, uma árvore enorme caiu na pequena praça existente em frente a entrada principal do Cemitério Municipal. Por sorte, também não fez vítimas, já que o fato ocorreu num final de semana, quanto não havia ninguém no local. Naquela oportunidade, a prefeitura já anunciava que seria necessário colocar em prática um processo de remoção de árvores antigas, de grande porte, que podem representar risco para as pessoas. O alvo seriam os exemplares localizados em praças e outros logradouros públicos que registrem fluxo significativo de pedestres, como o Jardim Público.

“Vamos exercer este controle e intensificar as ações para evitar um acidente mais sério no futuro”, confirma De Lucca. “Vejam vocês o que poderia ter acontecido aqui se os idosos que estiveram participando da reunião na igreja fossem atingidos pelo galho que caiu”, ponderou.   

Preocupado com a figueira, Edno lembra que perigo ronda também centenas de pessoas que frequentam a feira livre, aos sábados

A preocupação com árvores gigantescas e inapropriadas para ruas e praças da cidade tira o sono do comerciante Edno Benedito Gomes, 31, que tem loja na Avenida 13, frente para a Praça São Benedito e reside no pavimento superior do edifício. Ele trabalha e dorme exatamente sob alguns dos imensos galhos, com várias toneladas de peso, que saem da imponente figueira existente na praça. “É uma árvore incrível, muito bonita, que impressiona e faz sombra, mas, por outro lado, nos assusta”, revela Edno. “Gosto da natureza, arborização e defendo a ecologia, mas não me sinto seguro aqui porque é evidente que se esta árvore vir ao chão vai causar uma tragédia”, afirma.

Edno acha que um erro não justifica o outro. “As pessoas que plantaram essa figueira tinham a melhor das intenções, sem dúvida, mas não é uma espécie adequada para estar numa praça, com os galhos se estendendo até as casas do outro lado da rua”, disse.  “É uma questão de bom senso e o bom senso tem de prevalecer nessas situações”, concluiu o comerciante, que já pediu providências à prefeitura neste sentido. Segundo Edno, o perigo também é grande para as centenas  de pessoas que frequentam a feira livre realizada sob a enorme figueira, aos sábados.

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