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08 de maio de 2015 Agricultura

Horta Municipal e Central de Alimentos reforçam nutrição de estudantes e consumidores

A Horta Municipal de Rio Claro, também conhecida como Vitrine Técnica de Produção Agroecológica, a primeira horta pública do Brasil a ser reconhecida com o selo de certificação orgânica, continua desempenhando papel importante na vida de estudantes da rede municipal de ensino, e também nas refeições de famílias em situação de vulnerabilidade, estas atendidas por entidades que realizam trabalho assistencial.

De janeiro a abril desse ano, a horta produziu e distribuiu 390 caixas de legumes e verduras, que garantem mais substância ao cardápio diário de centenas de pessoas que têm nessas doações uma fonte de nutrientes fundamentais à saúde. A variedade de produtos é grande, incluindo alface, almeirão, rúcula, chicória, acelga, salsa, cebolinha, couve, repolho, brócolis, quiabo, chuchu, mandioca, abóbora, pepino e vários outros itens que compõem as saladas, refogados e guarnecem os cozidos.

Recentemente, a Secretaria de Agricultura, que mantém a Horta Municipal, iniciou o Projeto Jogando Limpo, que envolve também a Fundação de Saúde, Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema), e a Secretaria de Assistência Social. O projeto destina-se aos usuários dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) da cidade e consiste em incentivar a troca de materiais recicláveis por produtos da horta.

A primeira edição do projeto, que tem um programa similar em atividade na Secretaria de Educação, denominado “Ação Responsável por uma Vida Melhor”, favorecendo alunos da rede pública municipal, ocorreu no Cras do Novo Wenzel/Bonsucesso. “O projeto terá continuidade”, informa a diretora de Planejamento Agrícola, Comércio e Abastecimento, Maria Elena De Mori. “São idéias que trabalham também a consciência social e ambiental das crianças e jovens”, atesta a diretora.

Inaugurada em 2010, a Central de Recebimento, Beneficiamento, Treinamento e Distribuição de Produtos Agropecuários é uma das evidências de que o setor agrícola vem recebendo, desde 2009, atenção constante do governo municipal. O início dessa nova abordagem começou naquele ano, com a reativação do Conselho de Desenvolvimento Rural e, posteriormente, com o incentivo à união dos produtores, que logo constituíram a Associação dos Agricultores Familiares de Rio Claro e Região, composta por 80 associados de 11 municípios, entidade que acaba de se transformar em cooperativa.

São justamente esses produtores que movem a central citada. Eles encaminham sua produção de hortifrutis para o local e ali os produtos passam por várias fases de manejo até que estejam adequados para o consumo, quando então são distribuídos para 94 escolas, reforçando a Merenda Escolar no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar. A central manipula e distribui 10 toneladas de alimentos por semana, abrangendo verduras, legumes e frutas, além de ovos. “O nível de organização dos produtores familiares cresceu muito a partir da criação dessa estrutura, que abriu o mercado para quem, até então, dependia do esforço individual para comercializar sua produção”, avalia o prefeito Du Altimari. “Demos o passo inicial, incentivando-os e oferecendo condições e estrutura para que nossos agricultores evoluíssem e se organizassem, e o resultado que observamos hoje fica muito além das nossas expectativas mais otimistas”, acrescenta o secretário de Agricultura Carlos Alberto Teixeira De Lucca. O fortalecimento da agricultura familiar resultou, ainda, na concorrida Feira Corujão, que é realizada às terças e sextas-feiras, das 18 às 21 horas, na Central de Agronegócio, na Vila Martins.

Na zona rural, o amparo ao produtor familiar evoluiu muito nos últimos anos, com a presença da Patrulha Mecanizada, que serve aos proprietários rurais disponibilizando máquinas, implementos e caminhões cobrando alugueis com preços subsidiados. Preparar a terra, fazer o plantio e melhorar a estrutura das propriedades ficou bem mais fácil com este apoio.

Na esteira dos avanços obtidos no setor, que beneficiam diretamente os produtores locais de alimentos de origem animal, a prefeitura incorporou a essa estrutura, em junho de 2012, o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que certifica com selo de origem e qualidade os produtos para comercialização no município. “Atualmente já estão certificados aproximadamente 100 produtos, de seis diferentes empresas que atuam no ramo de embutidos, cozidos, defumados, ovos e pescados”, conta o médico veterinário Felipe Habib Tauk, diretor do SIM. Outras 12 empresas entraram com pedidos de certificação e aguardam a conclusão dos processos que estão em trâmite, obedecendo a critérios rigorosos em nome de se garantir segurança para o consumidor final. “O selo do SIM já é reconhecido pelos produtores como um diferencial importantíssimo para a prosperidade do negócio e conquista de novos mercados”, diz o diretor. Ele explica que a prefeitura vem conduzindo negociações para viabilizar a certificação com amplitude nacional. Trata-se do selo do Sisbi-Poa, que é a sigla do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

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