Três novos documentários foram produzidos pela equipe do Portal Memória Viva, do Arquivo Público e Histórico de Rio Claro. Os filmes de curta metragem são “Ângelo Spatti e a Fazenda São José”, “Oswaldo Manicardi, Fiel Escudeiro” e “Abilio Pignatta – A arte em suas mãos” e podem ser vistos na internet pelo endereço eletrônicowww.memoriaviva.sp.gov.br .
Em seu depoimento, Angelo Spatti relata a trajetória do Haras da Fazenda São José e a sua produção de cavalos de corrida campeões, coroados nos Jockey Club de São Paulo e do Rio Janeiro.
Em “Fiel Escudeiro”, Oswaldo Dante Manicardi, secretário particular de Ulysses Guimarães durante 44 anos, compartilha nesse documentário o dia a dia de uma das maiores figuras políticas do país.
No filme “A arte em suas mãos”, o descendente de italianos e apaixonado pela arte, Abílio Pignatta, conta como se envolveu com o meio artístico, sobre sua carreira na cervejaria Caracu e como foi sua convivência com Nicolau Scarpa e Vilmo Rosada.
O projeto “Memória Viva: arte, cultura e história” foi criado em 2009 pelo Arquivo Público com o objetivo de registrar e divulgar a biografia de cidadãos até aqui silenciados e desvalorizados historicamente.
Baseado na metodologia de registro em vídeo da história oral, o Memória Viva capta depoimentos, entrevistas e imagens para produzir os documentários e tornar públicas narrativas da cidade até então desconhecidas.
Formado por uma equipe de estagiários, o programa é coordenado atualmente pela analista cultural Taciana Panini. Em cinco anos o Arquivo produziu 126 documentários sobre a vida de diversos rio-clarenses, dos quais 56 foram editados e inseridos na internet.
Todo o material bruto está disponível para consulta no setor de pesquisa do Arquivo, que é incorporado ao acervo do município. A produção editada é divulgada pelo site do portal, através de software livre, em exibições nos eventos realizados pela autarquia e também retransmitida pela TV Cidade Livre.
Segundo a superintendente do Arquivo Público, Maria Teresa de Arruda Campos, o trabalho busca preencher as lacunas da história da cidade e guardar fatos e anais que podem se perder no tempo e no espaço.
“O Memória Viva traz a velha e enriquecedora arte de contar histórias, que, através dos relatos, traça a identidade do município”, diz Teresa. “A proposta é apresentar à comunidade um registro que não está nos livros, pois está apoiado na tradição oral”, completa.
Além dos três novos documentários, o Arquivo produziu recentemente alguns vídeos sobre rio-clarenses populares como o Mario da Lavanderia, a carnavalesca Floriza Stein e o integrante da velha guarda da Grasifs, Ney da Cuíca, entre outros.
O programa Memória Viva é exibido pela TV Cidade Livre, de Rio Claro, nos canais 99 (analógico) e 10 (digital) nas terças-feiras, às 22h30, e reprisado aos sábados, às 14h.