As professoras Bete Beltrati e Rita Carrazzone participarão da sexta Roda de Conversa do Arquivo Público e Histórico de Rio Claro para partilhar histórias da época em que lecionaram na antiga Escolinha da Caracu. O encontro, que contará com a presença de ex-alunos, será realizado terça-feira, 26 de agosto, na sede do Arquivo, a partir das 20 horas.
Para a superintendente do Arquivo Público, Maria Teresa de Arruda Campos, essa conversa informal pretende registrar a memória da escola primária “Isolda Joaquina Scarpa” e também reunir subsídios para ampliar o acervo da autarquia.
Em ambiente descontraído, Big Dário, Edson Augusto Luciano, Josué Jardim e outros convidados que cursaram o primário na escola da cervejaria querem relembrar, com as professoras, passagens pitorescas da década de 1960.
“Convidamos os rio-clarenses que estudaram na saudosa Escolinha da Caracu para darem seus depoimentos e registrarmos a iniciativa de uma empresa que também desenvolveu um trabalho social em Rio Claro”, diz o músico Big Dário. “Nesta campanha solicitamos às pessoas que tiverem fotografias da escola a emprestarem ao Arquivo Público para que possam ser digitalizadas”, explica.
“Como professora do Sesi, em 1960 assumi uma classe isolada que foi instalada no Clube da Caracu (onde hoje é o Senac), denominada Sesinho”, conta Bete Beltrati. “O ‘maternal’ abrigava crianças de 3 a 5 anos e nele lecionei até 1967”, explica Bete que, posteriormente, ajudou a transferir essa classe para a indústria de tecidos SAAD, localizada na Rua 1, com as avenidas 19 e 21.
“A escolinha da Caracu preparava muito bem alunos para ingressarem na pré-escola. As crianças saiam de lá com uma boa coordenação motora, treinada em jogos lúdicos, parquinhos e trabalhos pedagógicos”, completa Bete.
Para Rita Carrazone, que substituiu eventualmente professoras do 1º e 2º anos do primário, a Escolinha da Caracu era uma referência no ensino. “As professoras eram muito dedicadas e foi de lá que levei para o Sesi, onde eu lecionava, as idéias da dona Inez Cernack de trabalhar as músicas com as crianças. Além de canções, ela inseria na didática vários tipos de apresentações dos alunos”, comenta Rita.
Maria Helena Queiroz era a professora do 4º ano da escolinha onde trabalhou por mais de 10 anos. “Lembro-me do excelente trabalho da coordenadora Inez Cernack que elaborou uma cartilha própria para ensinar os alunos. Funcionava tão bem aquele método, que no mês de julho os alunos do primeiro ano já estavam alfabetizados”, conta Maria Helena.
Essas e outras histórias serão narradas na sexta Roda de Conversa que acontece no Arquivo Público e Histórico de Rio Claro, localizado na Rua 6, nº 3265, Alto do Santana, no NAM – Núcleo Administrativo Municipal. O evento é aberto ao público. Interessados podem obter mais informações pelo telefone 3522.1938.