Removida no final de abril, a parte que restou da estátua do índio já começou a passar por um processo de restauração, que deve preservar as características originais da obra, localizada no Jardim Público, principal praça e também a mais freqüentada da cidade. As partes removidas foram reunidas com as restantes que tinham sido já retiradas do local já por ocasião do ato de vandalismo que quase destruiu o monumento, no início deste ano. Os custos são absorvidos pela Secretaria Municipal de Cultura.
O restauro está sendo executado pelo artista plástico Daniel César Maximo Arantes, um paulistano que reside em Rio Claro e se iniciou nas artes plásticas em 1986. Segundo ele, o trabalho de recuperação do material, que ficou quase totalmente destruído, exige muito cuidado e requer técnicas que possam recuperar a imagem há mais de um século admirada pelos rio-clarenses no Jardim Público. “É uma referência para várias gerações, que veem no monumento um pouco da identidade cultural de nossa cidade”, afirma o secretário municipal de Cultura, Sérgio Desiderá.
O material utilizado originalmente na obra, que incorpora concreto, tijolos e ferragens já estava bem avariado pelo efeito do tempo, acusando sinais de rachaduras e infiltrações, explica Daniel, que também se dedica ao design de interiores e industrial. “Estamos, nessa primeira fase, recompondo cada uma das partes, tarefa que inclui lixar e limpar”, diz o artista. “Simultaneamente, estou preparando alguns reforços metálicos que serão inseridos nos espaços ocos, que se concentram mais no tronco da estátua, porque a peça é pesada é precisará ficar bem compacta para ser assentada com segurança no pedestal”, justifica. “Só depois disso é que vamos cuidar do acabamento, deixando as superfícies mais lisas, o que deverá ser feita com massa plástica e, então, a pintura,” acrescenta.
Há uma estimativa de que o processo de restauração esteja concluído em um mês, informa o diretor de patrimônio histórico e cultural da Secretaria de Cultura Rio Claro, Ivo Reseck.
A estátua do índio fica no centro de um lago circular, também conhecido como chafariz, local que está passando por reforma providenciada pela prefeitura em parceria com empresas. As reformas, em fase final, consistiram em corrigir um processo de infiltração que se verificava no monumento, adotando tecnologia de vedação apropriada, o que culminou com o revestimento da estrutura utilizando pastilhas cerâmicas.