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01 de abril de 2011 Cultura

ORQUESTRA DE CORDAS DA SINFÔNICA DE RIO CLARO

Temporada 2011

MAX REGER: Liebestraum

ELGAR: Vesper Voluntaries

KALINNIKOV: Serenata para cordas

BRITTEN: Simple Symphony

Regência:

Sérgio Assumpção

09 de abril de 2011 – 20h30

Capela do Puríssimo Coração de Maria

Rua 7, Avenidas 3 e 5, Centro – Rio Claro


Entrada Franca

Comentários sobre as obras

Max Reger nasceu na Bavária, tendo estudado com o famoso Hugo Riemann. Pianista, organista, regente e compositor, seu estilo alinha-se com o romantismo de Brahms e Beethoven, especialmente no plano formal, ainda que sua harmonia freqüentemente nos remeta a Liszt ou mesmo Wagner. Duas formas musicais o seduziram constantemente, a fuga e o tema com variações. No Liebestraum que ouviremos hoje destacam-se as frases em legato e as fluidas modulações, com o tema principal emoldurando um curto solo de violoncelo e um breve scherzando anunciado pelos violinos.

Escrito originalmente para órgão, Vesper Voluntaries de Sir Edward Elgar foi composto em 1889, assim que o compositor mudou-se para o sul de Londres, recém casado com Caroline Alice Roberts. A obra compõe-se de 11 curtos movimentos, que se entrelaçam de maneira simples, e cuja expressão é contida e discreta. Católico num país de esmagadora maioria protestante, Elgar foi de personalidade retraída e tímida. Interessou-se mais por estudar obras de Händel e Dvořák do que propriamente compositores ingleses, embora tivesse apreço por Purcell. Paulatinamente suas obras foram sendo conhecidas e, ao final da vida, foi saudado como grande compositor, honrado com numerosos títulos e comendas em todo o Reino Unido.

Vasily Kalinnikov é compositor russo ainda hoje pouco conhecido, embora sua mais famosa obra, a Primeira Sinfonia, baseada em temas russos, tenha sido executada durante sua vida em Viena, Berlim e Moscou, e, após sua morte, levada ao palco e gravada por Arturo Toscanini, em 1943. Fagotista, também tocava violino e chegou a atuar como timpanista e copista de partituras, em tempos difíceis. A tuberculose, que por fim o vitimou, não lhe permitiu desenvolver a carreira como desejava, embora tenha sido ajudado por Tchaikovsky. Na Serenata para cordas que faz parte de nosso programa destaca-se o tema principal, que “passeia” pelos naipes, iniciando nas violas, depois segundos violinos, até chegar aos primeiros. Pizzicati são utilizados na introdução e na conclusão da obra, oferecendo interessante contraste timbrístico.

Benjamin Britten foi compositor, regente, pianista e violista. Seu talento para a música manifestou-se bem cedo, e tornou-se conhecido primeiramente por suas composições para coro, notadamente A Boy was Born, sendo depois conhecido por sua ópera Peter Grimes e pela obra didática “Guia Orquestral para os jovens”, na qual os instrumentos musicais são apresentados. Simple Symphony é dedicada por Britten a Audrey Alston (Mrs Lincolne Sutton), a professora de viola que teve quando criança. Para cada um dos quatro movimentos o compositor utilizou dois diferentes temas que ele esboçara na infância, e pelos quais tinha grande predileção. Embora tenha utilizado o termo “Sinfonia”, a obra assemelha-se mais a uma pequena “Suíte”, inclusive com os nomes das danças compondo os movimentos. Bastante conhecido, o segundo movimento utiliza apenas o pizzicato em toda sua extensão, inclusive em seu trio central.

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