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08 de janeiro de 2016 Cultura

Parceria da Philarmônica e Prefeitura permite ao município recuperar R$ 700 mil

Projeto do Executivo Municipal aprovado pela Câmara assegura o futuro de um dos patrimônios culturais mais celebrados da cidade, especialmente pela geração que nasceu no início do século passado, quando a Sociedade Philarmônica Rio Clarense – como consta em seus registros históricos – atingiu seu apogeu.

A regularização da situação da Philarmônica, cuja dívida com os cofres municipais totaliza cerca de R$ 700 mil, está contemplada no projeto e foi tomada por um grupo de membros da entidade comprometidos com o legado representado por aquele patrimônio. A partir daí, eles buscaram apoio da prefeitura, que deu sua contribuição propondo que parte do espaço físico do prédio ocupado pela Philarmônica seria utilizado pela municipalidade, por um prazo de 30 anos, renovável, tendo como compensação a amortização gradual dos débitos da entidade com o município.

Os dois parceiros signatários do convênio deverão estabelecer uma agenda de compartilhamento do espaço, de maneira que possam desenvolver suas próprias atividades. A idéia central do projeto é transformar o local num pólo artístico e cultural no centro da cidade, reforçando a estrutura do município neste aspecto.

O presidente da diretoria atual da Sociedade Philarmônica Rio Clarense, Paulo Jodate David, explica que as principais etapas para chegar a este estágio foram cumpridas.  “Fizemos a eleição da diretoria em novembro de 2014 e um mês depois também aprovamos o estatuto, adotando todas as determinações judiciais para regularizar a situação da sociedade”, afirma. Valdir Duarte, secretário da entidade, confirma que a aprovação do projeto “deu o desfecho desejado e satisfatório ao caso, garantindo longa vida à nossa Philarmônica”. Duarte e David destacam o apoio fundamental que receberam do prefeito Du Altimari, lembrando que a solução encontrada permitirá que o município possa recuperar uma dívida de R$ 700 mil da entidade acumulada ao longo de anos, e manterá viva uma das mais antigas instituições culturais do país.

A Secretaria de Cultura deverá ter papel centralizado na reestruturação da “Fila”, como o clube é carinhosamente chamado pelos rio-clarenses. Segundo o secretário Sérgio Desiderá, “o essencial é que haja um planejamento correto das ações, além da execução das reformas necessárias, visto que é consenso a necessidade de se preservar o patrimônio histórico representado pelo prédio da Sociedade Philarmônica”.

O arquiteto e secretário municipal de Governo, Marcos Pisconti Machado, ressalta que o fato do prédio ser mantido como ponto cultural é uma demonstração da preocupação do governo municipal com a memória da cidade.

A Sociedade Philarmônica foi fundada em 1879. Em 1881, foi inaugurado o prédio que a entidade ocupa ainda hoje. Entre os primeiros sócios remidos da sociedade figuravam o Visconde do Rio Claro, o Barão de Grão Mogol e José Alves de Cerqueira Cesar, este último figura importante no cenário político paulista e nacional.

Palco de bailes memoráveis, inclusive os de carnaval, a sede da entidade na Rua 5, esquina com a Avenida 5 recebeu shows musicais, festas da sociedade, formaturas e grandes orquestras, consolidando-se como um dos endereços mais elegantes da cidade para os apreciadores das mais variadas manifestações artísticas.

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