O funcionamento da Estação de Tratamento de Água (ETA2), localizada na estrada municipal que liga Rio Claro ao Distrito de Ajapi continua prejudicado pelo rompimento dos diques de decantação de uma mineradora no município de Analândia. Passados mais de 40 dias do desastre ambiental, ocorrido no dia 18 de janeiro, a captação de água no Rio Corumbataí continua recebendo sedimentos que ficaram depositados as margens do rio, provenientes dos diques de decantação da barragem.
Nas últimas semanas, manchas com barro que estavam depositadas nas margens do rio Corumbataí vêm sendo arrastadas pelas águas, também prejudicando a captação de água na ETA2 de Rio Claro. Na quinta-feira, 24, o coordenador Miguel Alem e o químico da ETA2, Lauro Gonçalves Robles percorreram a região para vistoriar as condições do rio. A equipe esteve também no “Córrego do Veado”, em Analândia, afluente do rio Corumbataí. Segundo informações, nesse local foi possível observar que a destruição e os impactos provocados em toda a extensão do rio e na região são de grande monta. Segundo eles, aproximadamente 20 metros de cada lado da margem do córrego foram totalmente destruídos, toda a vegetação arrancada e a terra revirada no acidente. “Todo esse resíduo é arrastado quando chove forte na cabeceira do rio e atinge a estação de tratamento, prejudicando a captação e o tratamento de água na ETA2. Em alguns períodos temos que reduzir a quantidade de água tratada na estação”, afirmou o coordenador. As equipes do Daae estão em contato com os técnicos da Vigilância Sanitária e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para monitorar a qualidade da água. A superintendência da autarquia está preparando um processo administrativo para levantar possíveis prejuízos que o Daae teve com o rompimento da barragem.