O Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) de Rio Claro, sob coordenação do gestor ambiental Willy Werner Grassmann Bóbbo, está desenvolvendo projeto de recuperação ambiental das nascentes do Rio Corumbataí em Analândia.
O projeto vem sendo desenvolvido há cerca de um ano em uma área de aproximadamente três mil hectares e o objetivo é adequar as propriedades rurais a um conceito ambientalmente correto, ou seja, onde a interação entre agropecuária e meio ambiente caminhe para um único objetivo – produzir água em boa quantidade e de boa qualidade.
“A atual crise de escassez de água que hoje atinge inúmeras cidades de nosso estado é sinal de que nos próximos anos o problema vai aumentar, portanto temos que priorizar as áreas de produção de água”, comenta Bóbbo. “A região de cabeceira das nascentes e córregos tributários do rio Corumbataí são, sem dúvida alguma, o local ideal para trabalharmos em prol de nosso meio ambiente”, frisa.
O projeto piloto intitulado “Recuperação Ambiental da microbacia do Córrego do Cavalheiro& Tributários” servirá de base para a formulação de um termo de referencia que definirá as diretrizes da revisão do Plano Diretor para Recomposição Florestal do Comitê das Bacias PCJ, documento considerado de extrema importância para os projetos encaminhados para a Câmara Técnica de Recursos Naturais do PCJ em conjunto com a câmara rural e outras entidades afins.
A iniciativa é desenvolvida em parceria do Daae com a Oscip Ipsa Corumbataí, está em vias de contratar empresa para a elaboração do termo de referencia para o plano de recuperação ambiental. Essa despesa será financiada pela Agência de Bacias PCJ, com apoio técnico e institucional da Câmara Técnica de Recursos Naturais e apoio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público (Gaema PCJ).
Com esse trabalho será possível recuperar ambientalmente as propriedades à montante da captação de água para abastecimento público de Rio Claro, com o intuito do aumento da produção de água, incluindo os usos agrícolas para a produção de alimentos nos municípios da bacia hidrográfica, atingindo diretamente mais de 650 mil pessoas.
A realização será implantada por meio de parcerias já estabelecidas entre Agência de Bacias PCJ, Comitê das Bacias PCJ (representado pela Câmara Técnica de recursos naturais), e com o apoio da Câmara Técnica Rural, Oscip Ipsa Corumbataí, Daae Rio Claro, e apoio de Instituições de Pesquisa, prefeituras municipais e instituições públicas e privadas.
Os objetivos específicos do projeto são:
Favorecer o acúmulo e infiltração de água no solo; proteger o solo contra a erosão, aplicando boas práticas de uso e conservação; gerar ambientes adequadas para a fauna e flora; adequar e licenciar o Ecoturismo; licenciar obras hidráulicas e implantar soluções para a destinação dos resíduos sólidos gerados na propriedade; revegetar áreas de proteção permanente, em especial as matas ciliares, com o intuito de formar corredores ecológicos e unir os fragmentos florestais por toda a bacia hidrográfica; fiscalizar e monitorar todos os serviços ambientais propostos e futuros.
