O Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) de Rio Claro registrou na última sexta-feira (14), no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal (Siconv), o pedido de recursos para reforma, recuperação estrutural, arquitetônica e impermeabilização da Estação de Tratamento de Água (ETA1), localizada no bairro Cidade Nova.
Segundo o superintendente do Daae, Geraldo Gonçalves Pereira, a administração municipal está solicitando recursos que chegam a R$ 12 milhões. Desse montante, R$ 6 milhões serão destinados para recuperação estrutural e impermeabilização dos reservatórios da estação. Os outros R$ 6 milhões serão investidos na construção de uma nova adutora no Ribeirão Claro, fonte de captação de água, atualização tecnológica dos equipamentos, máquinas, bombas e mecânica da estação.
No segundo semestre de 2011, uma empresa contratada pelo Daae realizou o processo de inspeção e investigação do estado atual das estruturas da ETA 1. Uma equipe especializada em patologia do concreto e impermeabilização realizou um minucioso levantamento técnico, com o suporte laboratorial para mapeamento dos pontos mais críticos da estrutura.
Os engenheiros explicam que esse trabalho preliminar é essencial para que sejam dados parâmetros seguros para que o departamento técnico do Daae possa elaborar um projeto executivo amplo e tecnicamente confiável que terá a garantia da eliminação imediata das perdas e recuperação da parte estrutural da ETA, proporcionando segurança do sistema de tratamento de água de Rio Claro.
A Estação de Tratamento de Água “José Maria Pedroso”, popularmente conhecida como ETA1, foi a primeira Estação de Tratamento de Água de Rio Claro e entrou em operação em 1949.
Sua construção foi considerada um marco da nova fase do saneamento básico do município. Na época contava com apenas dois decantadores e quatro filtros. Em 1969, foi ampliada com a construção de floculadores, dois decantadores e mais quatro filtros. Desde o final da construção e ampliação da ETA1 há 43 anos, a Estação nunca mais teve qualquer obra de reforma; foram feitas apenas intervenções de manutenção corretiva. Com o passar dos anos, a estrutura foi se danificando e estação passou a apresentar sinais de deterioração, fissuras nas paredes dos reservatórios e canaletas, além de vazamentos.