Alunos do 8º ano do Colégio Puríssimo Coração de Maria querem saber tudo sobre bullyng, suas conseqüências e como contribuir para que tenha fim. Para isso, convidaram as profissionais do Serviço de Proteção Social Básica, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Ação Social, para uma palestra com o tema, nas dependências do Colégio.
Supervisionada pela coordenadora de Proteção Social Básica, Taís Leite Marino, a palestra foi ministrada no último dia 9 pela psicóloga Andréia Seraffin e pela assistente social Rosane de Lima Borges. Durante uma hora e vinte minutos os 45 adolescentes que participaram da palestra tiveram oportunidade para tirar dúvidas e trocar experiências. A maioria dos adolescentes identificou-se com exemplos e casos de bullyng.
Segundo a coordenadora Taís, a palestra foi elaborada pela equipe técnica do PróJovem e antes de ser apresentada no Puríssimo foi trabalhada junto aos adolescentes atendidos pelo Serviço de Proteção Social Básica. “A experiência propiciou o início de uma troca de realidades e despertou nos alunos do Puríssimo a curiosidade de conhecer melhor os projetos da Secretaria Municipal de Ação Social e a realidade de seus usuários”, diz a coordenadora.
Os projetos PróJovem e PróAdolescente, que mais despertaram interesse nos alunos, é desenvolvido para adolescentes de 12 a 17 anos. Os dois projetos têm o objetivo de capacitar para o mercado de trabalho, promover e formar multiplicadores e ainda oferecer novas possibilidades e alternativas, buscando a autopromoção dos adolescentes e de suas respectivas famílias.
Taís destaca que a atividade vem comprovar, mais uma vez, a importância das parcerias entre poder público e sociedade civil: “Tanto os adolescentes dos projetos quanto os alunos do Puríssimo se conscientizaram de que a troca de experiências é uma soma onde todos crescem e ganham”.
Bullyng
Pesquisa publicada em 2010 pela ONG Plan Brasil, com base em dados referentes a 2009, mostra que quase metade dos estudantes do Sudeste do País (47%) já viu algum colega sofrer bullyng, definido como uma agressão feita de forma sistemática, praticada pelo menos três vezes contra a mesma pessoa num mesmo ano. Esse índice, o maior do País, é o dobro em relação à taxa do Norte, onde o número cai para 23,7%. A região Sudeste também apresenta a maior taxa de alunos (40%) que admitem terem sido vítimas de maus-tratos na escola ao menos uma vez na vida. No Brasil, cerca de 70% dos estudantes dizem já terem presenciado cenas de violência em suas unidades de ensino.