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01 de julho de 2015 Desenvolvimento Social

Catadores de Rio Claro participam de projeto social

Uma cidade sustentável é aquela cujas ações contemplam o desenvolvimento econômico em consonância com a preservação do meio ambiente e a inclusão social de forma indissociável. Dentro desse contexto está inserido o trabalho da prefeitura de Rio Claro com os catadores de rua. “Acolher e orientar esse público faz parte de nossos amplos esforços pela inclusão social no município”, comenta a secretária municipal de Assistência Social, Luci Helena Wendel Ferreira.

Washington da Conceição, 36 anos, é um dos catadores atendido pela prefeitura. Segundo ele, toda a família trabalha com reciclagem e o programa municipal está sendo fundamental para o desenvolvimento do trabalho. “Nós aprendemos muito. Eu não falto em nenhum curso, inclusive quando não é na minha região”, exclamou. Ele também realiza um trabalho artesanal com o material recolhido na rua, possibilitando o aumento da renda familiar. “Eu adoro aviação. Nos horários de folga construo vários modelos conhecidos. Alguns eu vendo, outros eu faço doação”, finalizou.

Dada a importância do papel desempenhado pelos catadores no processo de reciclagem do município, seu caráter social e suas necessidades, a prefeitura desenvolveu, em parceria com a Bio-Vida – Consultoria Social e Empresarial, um projeto que consiste em três etapas: mapeamento, oficina de formação e assessoria e incubação. “Já realizamos o trabalho de mapeamento, dividindo os trabalhadores em grupos de acordo com a região”, explica Marta Ceccato, diretora do departamento de Gestão de Programas Complementares da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Cada região foi definida pela área de atuação dos oito Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município e, nesse momento, acontecem as oficinas de formação.

No sábado (27) o dia foi de palestras com profissionais que abordaram temas que envolvem segurança e saúde, com o propósito de esclarecer e educar os catadores. A atividade, desenvolvida no Cras o Jardim Brasília, contou com a presença de catadores e catadoras de rua daquela região.

Para a responsável pela gestão do projeto, Letícia Britschgy, da Bio-Vida, a parceria entre a empresa e o poder público é essencial para fomentar ações que concedam dignidade e permitam que estes trabalhadores tenham acesso a informações relacionadas à saúde, educação e oportunidades de trabalho. “Ao fazer o mapeamento, levantamos as demandas de cada uma das pessoas que abordamos e, com esses dados, desenvolvemos o programa de atividades”, explica.

A presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Rio Claro, vereadora Raquel Picelli, salientou durante o evento de sábado a importância do projeto, que resgata cidadãos em situação de vulnerabilidade social. “Os catadores e catadoras, ao serem atendidos pelo poder público, se sentem acolhidos e, dessa forma, se tornam mais aptos contra as várias formas de violência”.

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