O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) que atende a região Jardim Brasília realizou na quarta-feira (12) a oficina de Guirlandas de Natal, oferecida os usuários do programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC). A oficina teve como objetivo proporcionar aos idosos a oportunidade de fazer, com suas próprias mãos, enfeites natalinos com matéria prima retirada da natureza e orientá-los no reaproveitamento de materiais que iriam para o lixo.
Na semana anterior o grupo se reuniu para uma visita à Floresta Estadual Navarro de Andrade, orientadas pela voluntária e coordenadora da oficina, Aglair Machado de Freitas, integrante do grupo de biojóias “Jóias da Terra”. No passeio, os idosos aprenderam e selecionar e coletar matéria-prima específica para as guirlandas, como cipós secos e pinhas caídas das árvores, sem agredir a natureza.
“Dividir o aprendizado e ver a felicidade no rosto de cada um é muito gratificante”, diz a voluntária. Aglair também ressalta a importância de trabalhar com materiais renováveis. “Nós iniciamos todo um conceito de sustentabilidade com o grupo, mostrando a importância de reutilizar os materiais que temos em casa e também os elementos que a natureza generosamente nos oferece”.
Áurea Maria Rios, coordenadora do CRAS Brasília, conta que a Secretaria Municipal de Ação Social desenvolve esse projeto há três anos em parceria com o padre Jocelir, da paróquia Nossa Senhora do Caravaggio, e que desde o começo sentiu que as oficinas proporcionam interação entre os idosos que participam. “Os idosos são muito vulneráveis à solidão, portanto é fundamental criarmos esse tipo de oficina para que eles possam desenvolver atividades e se sentirem acolhidos, além de trabalharem a sustentabilidade através dos encontros”, completa.
O grupo de BPC se reúne semanalmente no Cras do Jardim Brasília para montar objetos decorativos, de uso pessoal e de utilidade doméstica, com materiais que geralmente seriam jogados fora. Muitos trazem materiais de suas casas, colaborando com a oficina e com o meio ambiente.Uma das participantes, Cecília Andrade (64), comenta que “essa atividade faz com que a gente não fique parada no tempo, aprenda coisas novas e se integre com outras pessoas.”
Para a secretária municipal de Ação Social, Luci Helena Wendel Ferreira, as oficinas desenvolvidas nos sete Cras da cidade fazem parte das políticas públicas do município voltadas à inclusão e acolhimento da comunidade como um todo, em especial dos idosos. “Não basta cuidarmos da alimentação e saúde do idoso, temos também colaborar para o seu bem-estar e felicidade”, comenta.