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04 de fevereiro de 2013 Desenvolvimento Social

Crianças do Nosso Lar ganharão novas casas

Mais do que moradias, as casas deverão funcionar como um verdadeiro lar para as crianças e adolescentes abrigados na instituição

Até o final de março de 2013 aproximadamente 60 crianças e adolescentes acolhidas no Nosso Lar estarão em novas casas. Trata-se de uma mudança de gestão visando melhor qualidade de vida dessas crianças. O novo modelo proposto passa por um processo de transição e prevê a criação do serviço de acolhimento denominado Casa Lar, estabelecido na tipificação nacional de serviços socioassistenciais, conforme a Resolução 109 e manual Orientação Técnica: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes.

“O novo modelo de gestão substituirá o modelo mais antigo que não resolve os problemas da criança abrigada, atendendo todas as premissas do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), especificamente no que diz respeito ao fortalecimento de vínculos familiares e sociais”, afirma a secretária municipal de Ação Social, Luci Helena Wendel Ferreira.

Segundo a secretária, o novo serviço de acolhimento em Rio Claro funcionará em seis Casas Lar para acolhimento e encaminhamento de crianças e adolescentes em situação de abandono. Cada Casa Lar abrigará grupos com até nove crianças, as quais receberão cuidados gerais de uma mãe residente até que elas retornem às suas famílias ou sejam recebidas em famílias substitutas. As crianças e adolescentes serão acompanhados por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, em conjunto com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

A diferença entre o serviço de abrigo institucional e o novo modelo de gestão, além do menor número de crianças atendidas por unidade, é a presença da educadora residente, responsável direta pelos cuidados da rotina de uma casa.

Com a participação de juízes e promotores da Vara da Infância e Juventude, o processo é discutido e viabilizado pela Prefeitura de Rio Claro por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, em conjunto com o Conselho Municipal de Ação Social, CREAS, Conselho Tutelar e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e parceria com a Organização Não Governamental SOS Aldeias Infantis. A mudança segue, ainda, o manual “Orientações Técnicas para Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes”, coordenado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Nacional de Assistência Social.

A ONG SOS Aldeias Infantis traz experiências coletadas ao longo de 100 anos de atuação mundial e 45 anos no Brasil, prestando serviços de alta qualidade em situações de acolhimento de Casas Lar, em consonância com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), com vínculos junto à Organização Nacional dos Direitos Humanos (ANDHEP).

A educadora residente terá compromissos de uma verdadeira mãe, dentre eles preparar e acompanhar a criança na escola, levá-la ao médico e atividades de lazer, cuidar de sua alimentação e roupas, dentre outros.

“Além de cuidar para que não haja separação de irmãos, o papel deste novo modelo de gestão é estimular as relações familiares, promover hábitos e atitudes de autonomia e inserção social com as pessoas e a comunidade”, explica a secretária.

A Casa Lar deverá contar com estrutura de uma residência privada, receber supervisão técnica, localizar-se em áreas residenciais da cidade e seguir o padrão socioeconômico da comunidade onde estiver inserida.

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