“Quando se comete qualquer tipo de violência contra crianças e adolescentes a agressão é contra toda sociedade”, afirmou a vice-prefeita e secretária municipal de Governo, Olga Salomão, na abertura do I Fórum Municipal de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e Adolescentes, ocorrido em Rio Claro. Olga ressaltou que “todos nós, adultos, já fomos criança um dia e trazemos conosco as experiências boas e ruins que vivenciamos em nossas vidas. Portanto, uma sociedade que cuida bem de suas crianças, está demonstrando preocupação consigo mesma”.
Realizado nos dias 27 e 28 de maio na Faculdade Claretiana, o evento contou com a participação de aproximadamente 400 pessoas. Com a finalidade principal de fortalecer o enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, o Fórum contou com palestras, reflexões e discussões que possibilitaram a sensibilização da população e reforçaram a articulação entre os serviços diretamente envolvidos com a questão.
A presença de representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e da sociedade civil, integrados em torno de um mesmo ideal, mostrou que, com união, seriedade e boa vontade, é possível minimizar o quadro de violência que ronda nossas crianças e adolescentes.
Segundo a secretária municipal de Ação Social, Luci Helena Wendel Ferreira, o enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes teve sua urgência reconhecida e fortalecida no Brasil, a partir de 1990, quando da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente. “O I Fórum de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e Adolescentes veio em função desta urgência, pois esse enfrentamento requer um trabalho articulado em rede: assistência social e demais políticas públicas, órgãos de defesa de direitos e sociedade, com centralidade nas famílias. É preciso, sobretudo, uma grande reflexão sobre a cultura brasileira e sobre valores difundidos, para que as crianças e adolescentes sejam reconhecidos verdadeiramente como sujeitos”.
Nos dias que antecederam o Fórum, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) desenvolveu todo um trabalho nas escolas municipais, em parceria com a Secretaria Municipal da Educação, incentivando os alunos a trabalharem o tema com redações e desenhos. Na oportunidade, foram distribuídos 18 mil folhetos aos alunos das escolas municipais, com esclarecimentos sobre o assunto e os telefones que podem ser usados para procurar ajuda ou fazer denúncias. Outros quatro mil folhetos foram repassados aos cidadãos que passaram pelo Jardim Público, sábado (29).
Para a diretora de Proteção Especial da Secretaria Municipal de Ação Social, Sonia Gerner, foi uma experiência inédita que, além dos profissionais da área, abrangeu toda população. “Os participantes deste Fórum saíram com um papel fundamental a desempenhar neste enfrentamento, tanto na atuação junto aos menores quanto na conscientização das famílias sobre a importância das denúncias, quer ela recaia sobre um vizinho ou familiar”, afirmou.
O I Fórum Municipal foi uma iniciativa da Secretaria Municipal de Ação Social, por intermédio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e foi organizado em parceria com os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) Bandeirantes, Bonsucesso/Novo Wenzel, Brasília, Independência e Panorama, em parceria com a vereadora Raquel Picelli (autora da Lei Municipal 3942), SAE DST/AIDS, Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, Secretaria Municipal da Educação e Fundação Municipal da Saúde, com o apoio da Ação Educacional Claretianas, Instituto Carlos Hansen – Tigre, Senac, Associação dos Aposentados do Banco do Brasil de Piracicaba e Floricultura Rosas de Saron.
Denúncias de abusos contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelos telefones: Disque 100, 3532-5221 e 3533-5411 (Conselho Tutelar 24 horas), 3524-9503 (DDM), 3523-6439 e 3523-6420 (CREAS) e 3534-1556 (Promotoria da Infância e Juventude).