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04 de novembro de 2014 Desenvolvimento Social

Projeto de economia solidária valoriza catadores em Rio Claro

Catadores que exploram o aterro sanitário e outras regiões de Rio Claro passam por um processo de valorização do trabalho desenvolvido pelo projeto “Cooperação e Desenvolvimento Sustentável: A Valorização do Trabalho dos Catadores e Catadoras do Município de Rio Claro – SP”, vinculado à Secretaria Municipal de Ação Social.

Somente no aterro sanitário o projeto cadastrou 42 catadores nos últimos meses, sendo que 29 deles sobrevivem apenas com a coleta de materiais recicláveis e 12 não dependem da reciclagem, 22 deles têm outra renda e complementam com a reciclagem, e 19 não recebem outros benefícios.

O projeto é desenvolvido a partir de convênio assinado entre a Prefeitura de Rio Claro e o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio a Secretaria Nacional de Economia Solidária. O objetivo é identificar catadores e catadoras que se encontram no aterro sanitário, na Cooperviva e os carrinheiros autônomos que atuam no município, elaborar diagnósticos, entender esta cadeia produtiva, e incentivar essas pessoas a procurarem os serviços e instrumentos já existentes no município, em busca de crescimento e melhor qualidade de vida.

As ações são desenvolvidas pela Bio-Vida – Engenharia e Consultoria Social Ambiental, nas regiões dos Centros de Referência Social (Cras), dos quais recebem grande apoio. Para aplicação do projeto a Bio-Vida convidou secretarias municipais que podem colaborar, como a da Habitação, Educação, Cultura e Ação Social, dentre outras para uma primeira reunião, que se mostrou de extrema relevância para direcionar as ações, formando-se então uma rede.

Durante a segunda reunião do grupo, realizada dia 30 de outubro, a Bio-Vida relatou que diversas ações já foram desenvolvidas com os catadores do aterro, residentes, em sua maioria, nos bairros Terra Nova e Jardim Brasília, focando  sua auto-estima e sustentabilidade, dentre elas oficina de reciclagem e oferta de vagas no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e nos cursos oferecidos pelo Pronatec, além de ajuda na elaboração e encaminhamento dos currículos a empresas parceiras do projeto, como EcoSystem, Direcional, Agroceres e Pare Bem, dentre outras.

“Foram feitos contatos também com a comunidade daqueles bairros. Essa conversa com a comunidade ocorreu para que os catadores não sofram preconceitos, pois desenvolvem um papel de grande importância para o meio-ambiente, recolhendo materiais recicláveis que poderiam estar entupindo bueiros e esgotos, ou mesmo comprometendo o tempo de vida útil do Aterro Sanitário”, diz a Agente de Desenvolvimento Local e Economia Solidária da Bio-Vida, Bruna Araujo Selares.

A diretora de Desenvolvimento Social na Secretaria de Ação Social Marta Cecatto afirma que “é importante que haja uma ação intersecretarial neste projeto, para que cada setor possa disponibilizar serviços específicos aos catadores”.

Gisele Carvalho Rodrigues, coordenadora EJA I e EJA II na Secretaria Municipal da Educação, achou o projeto interessante e necessário. “Somos abertos a prestar auxílio quando solicitados, como no caso do aterro, oferecendo vagas no EJA, orientando, incentivando e matriculando catadores e catadoras, em busca de novas perspectivas”, destacou.

Para Regina Ferreira da Silva, secretária municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente, o projeto é muito positivo. ”A população tem que ter conhecimento que os catadores são agentes ambientais e que o material que recolhem deixa de ir para o aterro”.

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