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09 de setembro de 2011 Desenvolvimento Social

Rio-clarense dribla o câncer com auxílio do Banco de Alimentos

José Arizio Zerbo (63), rio-clarense, trabalha informalmente como pedreiro e levava uma vida estável até que descobriu, há alguns anos, uma doença que iria mudar toda sua vida. Um câncer na garganta comprometeu sua saúde e, por conseqüência, a renda familiar.
Na luta pelo dia a dia, sempre com o apoio da família, procurou caminhos que o levassem a vencer a doença. Por intermédio da filha Alessandra, que trabalha no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS Jardim Brasília, descobriu que o Banco Municipal de Alimentos distribui aos que necessitam uma cesta de alimentos naturais e orgânicos, composta por frutas, legumes e verduras.
Zerbo se inscreveu para receber este benefício e teve seu perfil socioeconômico aprovado há cerca de dois anos, passando a receber a cesta, o que em muito contribui com sua saúde. Com os produtos que recebe toda semana, sua esposa Maria de Fátima (54) prepara comidas mais saudáveis e também as tradicionais sopas que ajudaram a regular o intestino do marido.
“Com os alimentos doados adquiri hábitos alimentares saudáveis, que viraram rotina e me dão energia para fazer tudo que gosto”, diz Zerbo, ressaltando que também a saúde de sua família melhorou muito desde que passou a receber a cesta.

Atuação em Rio Claro
O Banco de Alimentos é um programa da Secretaria Municipal de Ação Social em parceria com a Udam (União dos Amigos do Menor) e tem como objetivo primordial combater o desperdício de alimentos e minimizar os efeitos da fome. Com isso, permite que um maior número de pessoas tenha acesso a alimentos básicos e de qualidade, em quantidade suficiente para uma alimentação saudável e equilibrada.

Em Rio Claro, nas diversas regiões da cidade, sempre há uma pessoa ou família com déficit de segurança alimentar, dentre eles moradores de rua, dependentes químicos e portadores de doenças crônico-degenerativas que necessitam de dietas diferenciadas, por exemplo. Quando cadastradas, essas pessoas são atendidas pela rede socioassistencial, que recorre ao Banco de Alimento, o qual, por sua vez, atua coletando doações de alimentos vindos de supermercados, varejões e demais doadores.
Os alimentos doados são aqueles que ainda se apresentam próprios para o consumo, mas que, por motivos diversos (frutas, verduras ou legumes machucados ou amassados, troca de marca, defeito de rotulagem, deformações em embalagens, datas de vencimento muito curtas), não serão comercializados. Os alimentos doados são distribuídos gratuitamente às Entidades sociais cadastradas pelo Banco Municipal de Alimentos, de acordo com suas necessidades.
Em julho de 2011 o Banco Municipal de Alimentos arrecadou mais de 9 mil quilos de alimentos e o PAA 17.946,730 quilos. Atualmente, o programa conta com 17 Parceiros (doadores) e 75 Produtores do PAA (vendedores), que fornecem aproximadamente 25 toneladas de alimentos ao mês, sendo que 61 entidades recebem os produtos, os quais são repassados, em média, a 5.500 pessoas e 800 famílias semanalmente.
Pessoas que necessitam receber cestas com produtos orgânicos e naturais, podem entrar em contato com o CRAS mais próximo de sua residência e preencher um cadastro para aprovação do perfil socioeconômico e encaminhamentos necessários.

Influência de alimentos orgânicos e naturais:
A adoção de uma alimentação saudável contribui para a prevenção do câncer e também com a sua cura, pois frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes (vitaminas, fibras e outros compostos) que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células.
Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais do processo de carcinogênese. Apesar de não serem digeridas pelo organismo, as fibras ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso.
As informações são do site http://www.inca.gov.br. que observa: no Brasil, os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, que em 2010 entrevistou 54.367 pessoas, o padrão alimentar no país mudou para pior.

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