Com mais de 230 participantes, representando oito municípios da região, aconteceu na terça-feira, 11, no Centro Cultural Roberto Palmari, o XI Fórum Regional do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social. Organizado pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, o evento discutiu situações de violência cada vez mais comuns na atualidade.
A secretária municipal de Ação Social Luci Helena Wendel Ferreira mostrou-se satisfeita com os resultados do evento: “Este Fórum alcançou plenamente seu objetivo, pois além do debate, trouxe novas e importantes experiências de trabalho. É importante salientar que este tipo de trabalho proporciona o aperfeiçoamento técnico e, conseqüentemente, a melhora da qualidade de nossos serviços”.
A vice-prefeita Olga Salomão enfatizou que é necessário, como forma de combate à violência, que a população tenha fácil acesso aos recursos sociais, culturais e educacionais que o município oferece. Ela lembrou que no atual governo, todo projeto habitacional ,antes de ser construído, levou essa questão em consideração. “Em Rio Claro, durante muito tempo, foram criados loteamentos populares em áreas distantes, sem infraestrutura básica. Essa situação provocou desvantagens sociais, causando muitos prejuízos àquelas comunidades”, constatou a vice-prefeita.
O Fórum contou com a presença do secretário de Cultura de Rio Claro, Sergio Desiderá. Ele salientou que não se constrói uma sociedade cidadã sem o acesso à cultura. “O desenvolvimento da cidadania plena passa pela cultura. Existem inúmeros exemplos de superação da violência por meio da literatura, música, arte e cinema” lembrou.
A escalada da violência virtual foi o primeiro tema em destaque. De acordo com a pedagoga Adriana Ramos, doutora em Educação na área de Psicologia Educacional, no espaço virtual os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. “Antes, esses ataques eram restritos aos momentos de convívio escolar. Agora é o tempo todo”, citou. Segundo ela, o mau uso das ferramentas de troca de mensagens, principalmente via celular, tem causado danos irreparáveis às vítimas. “A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o agressor, o que aumenta a sensação de impotência”, concluiu.
O evento também contou com as seguintes palestras: “Negligência contra a pessoa idosa”, com a psicóloga Letícia Décimo Flesch, doutoranda em Gerontologia pela Universidade Estadual de Campinas, e “A importância do trabalho em rede para pessoas em situação de rua”, ministrada pelo assistente social Antonio Carlos Zanóbia.
Além de Rio Claro, o evento recebeu representantes e profissionais da área dos municípios de Piracicaba, Limeira, Cordeirópolis, Leme, Santa Gertrudes, Cerquilho e Iracemápolis.