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05 de agosto de 2014 Fundação de Saúde

Exames não confirmam Leishmaniose Visceral em Rio Claro

Equipes do Centro de Controle de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde e do Instituto Adolfo Lutz investigaram em junho a presença de Leishmaniose Visceral em animais, em um bairro de Rio Claro onde havia suspeita da doença. Foram colhidas 97 amostras de sangue em cães. O material passou por um teste rápido que detecta a doença e depois pelo teste Elisa que confirma ou não a presença do parasita. Todos eles deram negativo.

O transmissor da doença é um Flebotomíneo, conhecido como Mosquito Palha. O cão infectado pelo vetor se transforma em um dos hospedeiros da Leishmaniose e pode transmitir a doença aos seres humanos. Por isso o trabalho de prevenção é tão importante.

A investigação sobre a presença do inseto que transmite a doença, continua na cidade. O CCZ e a Sucen – Superintendência do Controle de Endemias – espalharam em pontos estratégicos do município, 52 armadilhas utilizadas para a captura do Mosquito Palha. Até o momento não foram coletados vetores nas armadilhas. No entanto, os trabalhos permanecem e serão periódicos.

A destruição de seu habitat natural, como matas e florestas, tem atraído o mosquito transmissor da doença para os centros urbanos.  Ele se multiplica em lugares úmidos, escuros, com muitas plantas, árvores e folhas em decomposição, como em nossos quintais e jardins. Os chiqueiros e galinheiros são os principais focos de permanência do mosquito que se reproduz na matéria orgânica. Isso tem sido uma preocupação para as autoridades sanitárias. A criação desses animais é proibida na zona urbana. O mosquito transmissor da Leishmaniose entra nas residências e se esconde em lugares escuros. Como são muito pequenos eles picam os moradores sem serem notados.

Sintomas nos animais

O cão é o principal reservatório do protozoário causador da leishmaniose visceral. Principais sintomas da doença no animal: apatia, lesões na pele, queda de pelos inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas, emagrecimento, lacrimejamento e crescimento anormal das unhas.

Tratamento

O tratamento em cães não é uma medida recomendada pelo Ministério da Saúde, pois não diminui a importância do cão como reservatório do parasito.

Como se prevenir da doença

Deve-se evitar a criação e proliferação do inseto vetor da doença. O mosquito Palha se reproduz no meio da matéria orgânica e em criadouros de animais. Para isso deve-se: evitar a criação de porcos e galinhas em área urbana, manter a casa e o quintal livre de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeiras e frutas, embalar e fechar o lixo em sacos plásticos. Essas medidas também devem ser adotadas por proprietários de terrenos.

Nos animais a utilização de coleira específica à base de Deltametrina, repelente de insetos, é uma recomendação para se evitar a picada do mosquito que transmite a doença.

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