Para garantir a segurança da saúde da população a Secretaria de Agricultura e a Fundação Saúde de Rio Claro saíram às ruas para fiscalizar a qualidade dos pescados oferecidos pelos estabelecimentos comerciais.
Técnicos do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e da Vigilância Sanitária percorreram e inspecionaram os supermercados e as peixarias encontrando diversas irregularidades resultando na condenação de centenas de quilos de pescados impróprios para o consumo.
Durante a Semana Santa o pescado, tanto de água doce como salgada, se torna um dos alimentos mais importantes para o consumidor. “Deve-se tomar cuidado com observação redobrada no estado de conservação, já que as bactérias que causam danos à saúde se proliferam se os produtos não tiverem manipulação adequada”, alerta os técnicos, ressaltando que os alimentos se deterioram mais facilmente do que outros produtos perecíveis a partir dos 5 graus centígrados.
Orientações
Pescado fresco: deve-se observar a superfície do corpo, que deve ter um brilho metálico com escamas aderentes à pele e nadadeiras resistentes. Os olhos transparentes, brilhantes e salientes, as guelras rosadas ou avermelhadas, úmidas e brilhantes, com odor suave. A pressão dos dedos é suficiente para checar a musculatura do peixe, que deve ser consistente e elástica, sem deixar marcas.
O bacalhau salgado: ainda mais tradicional nesta época, pede atenção diferente. O estabelecimento onde é vendido deve ser cuidadoso com a exposição, em local seco e arejado, mantido limpo e organizado. A carne não deve apresentar manchas vermelhas e nem pontos negros. O aspecto úmido e pegajoso do animal indica que ele foi armazenado de maneira incorreta, com umidade e calor excessivos.
Pescado congelado: observar se a embalagem está íntegra e sem violação, a rotulagem deve atender as normas sanitárias contendo a data de validade, composição nutricional, especificação do produto, e principalmente, o número do SIF – Serviço de Inspeção Federal, SISP- Serviço de Inspeção Estadual ou SIM – Serviço de Inspeção Municipal e lote do produto. Observar também se o produto está congelado e mantido na temperatura de -12 a -18 °C, pois não deve apresentar descongelamento, ou seja, não pode conter partes amolecidas.
Ambulante: nessa época podem aparecer pessoas vendendo o pescado em carros com isopores ou caixas termo Box. Cuidado, pois tal prática é imprópria para esse tipo de alimento, extremamente perecível e vulnerável à contaminação alimentar. Além de necessitar de rigoroso controle de temperatura dos pescados, esse tipo de atividade requer que o comerciante tenha licença de funcionamento da Vigilância Sanitária ou do Serviço de Inspeção Animal (SIF, SISP ou SIM), pois somente a avaliação desses orgãos pode garantir que os produtos oferecidos sejam de procedência conhecida e seguros para o consumo humano