A médica e capitã da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Gislene da Silva Alves, encerrou suas atividades no Centro de Triagem e Hidratação da dengue, em Rio Claro.
A militar estava prestando serviços por solicitação da Fundação Municipal de Saúde ao Estado e durante um mês colaborou com a equipe de profissionais atuantes no controle da doença no município.
Formada há 30 anos pela Unesp de Botucatu, a médica está há muito tempo na Polícia Militar do Estado e já viveu muitas experiências comunitárias.
Operações em favelas, enchentes, tragédias e, mais recentemente, o incêndio em tanques petrolíferos de Santos, fazem parte da bagagem de serviço da capitã, mas a de Rio Claro também teve um significado muito importante.
“Quando entrei aqui, que olhei tudo isso, pensei: Meu Deus, como é que eles conseguiram fazer uma coisa tão bem feita?”, observou a médica em seu primeiro dia de trabalho.
Ao comparar o Centro de Triagem e Hidratação da dengue a um hospital da ONU, a profissional militar destacou que todos os procedimentos adotados foram corretos e que a experiência de Rio Claro serve de modelo para o Brasil.
A unidade montada pela Fundação de Saúde de Rio Claro para atender o momento emergencial do município recebeu muitos elogios por parte da capitã Gislene. “Quem montou essa estrutura, o fluxo de atendimento, o acolhimento, sabia tudo que precisava ser feito. Vocês estão de parabéns”, comentou a médica, reiterando a importância do trabalho permanente de conscientização da população.
O Centro de Triagem e Hidratação da Dengue ou unidade de campanha foi montado no final de fevereiro na Avenida 26 com a Rua Samambaia, no bairro de Santana, em local cedido pela Igreja do Nazareno.
Atendendo de domingo a domingo, das 7 às 17 horas, o CTH mobilizou mais de 30 profissionais da Fundação Municipal de Saúde, atendeu uma média de 400 pessoas por dia e se tornou referência nacional na crise da dengue.
Foto: Médica capitã Gislene da Silva Alves (à direita) com enfermeira Agda da Fundação de Saúde durante trabalho no CTH.