A Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro mantém programa voltado para ações de controle da tuberculose. O programa adotado por Rio Claro tem entre suas metas o tratamento diretamente supervisionado a 100% dos pacientes com tuberculose pulmonar, a cura de pelo menos 85% dos casos, a busca ativa dos pacientes tossidores e a realização de diagnóstico precoce.
Em setembro, o município foi premiado pela Secretaria Estadual da Saúde pelo trabalho realizado no controle da tuberculose.
“Novamente fomos premiados, o que é muito importante para a equipe de trabalhadores de saúde, é o reconhecimento do nosso trabalho”, afirma a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Ivana Freschi de Souza, lembrando que a equipe desenvolve um sério trabalho no município para controlar esta doença ainda tão preocupante no mundo inteiro.
O tratamento supervisionado, principal diretriz do programa, é considerado a forma mais eficaz de tratamento, pois o paciente não deixa de tomar os medicamentos e as reações adversas são precocemente identificadas e tratadas, evitando complicações e a conseqüente multirresistência do microorganismo causador da doença, já que o paciente vai diariamente até a unidade de saúde, o que permite controle total do tratamento.
Além do medicamento, durante seis meses o paciente recebe lanche diário e uma cesta básica mensal que inclui carne, frutas e verduras. Segundo o médico Jair Virginio, médico responsável pelo tratamento dos clientes com tuberculose, a preparação do lanche, feita ao gosto do paciente, representa um incentivo a mais para que ele compareça e tome os antibióticos.
O programa de tratamento supervisionado da tuberculose é coordenado pelo setor de Vigilância Epidemiológica e trouxe avanços na cura da doença, que hoje em Rio Claro ultrapassa 85%. Antes, não passava de 70%. Em dezembro 19 pacientes estavam em tratamento no município.
A Fundação de Saúde Rio Claro orienta a população a procurar uma unidade de saúde caso verifique tosse com catarro por mais de duas semanas. Não é necessário agendar consulta médica, a enfermeira pode solicitar o exame se os sintomas forem compatíveis com a doença.
Legenda da foto: Parte da equipe que atua no programa supervisionado da tuberculose