O Centro de Controle de Zoonoses de Rio Claro anunciou na manhã desta sexta-feira, 20, a suspensão da vacinação antirrábica no município. “Estamos seguindo recomendação da Secretaria de Estado da Saúde”, afirma Márcia Borges Machado, diretora de medicina preventiva da Fundação Municipal de Saúde.
Em Rio Claro, a vacinação foi iniciada no final de julho e já atendeu a aproximadamente 5.000 mil animais na zona rural e urbana. Até a tarde de quinta-feira, os trabalhos de vacinação de cães e gatos foram realizados normalmente em Rio Claro.
“Recebemos menos de 10 reclamações, todas referentes a felinos que apresentaram algum desconforto após serem vacinados, mas eles se recuperaram”, afirma o veterinário Josiel Hebling, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses. O setor não tem registro de reação adversa em cães.
A programação previa um plantão neste final de semana em Ajapi, Batovi e na região dos bairros Nova Veneza e Paulista 1. Na tarde de quinta-feira, a Fundação de Saúde retirou aproximadamente 10 mil doses da vacina na Regional de Saúde em Piracicaba. “Agora, vamos aguardar novo parecer da Secretaria Estadual da Saúde. Enquanto isto, a vacinação fica suspensa”, confirma a diretora Márcia.
(segue abaixo material distribuído pela Secretaria de Estado da Saúde)
Saúde suspende vacinação contra a raiva animal em todo o Estado
Vacina utilizada este ano vem apresentando níveis de reação adversa acima do observado em anos anteriores
A Secretaria de Estado da Saúde decidiu recomendar, por precaução, a todos os municípios paulistas que suspendam imediatamente a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva animal.
A decisão ocorre porque o número de reações adversas notificadas à Coordenadoria de Controle de Doenças da pasta está acima do observado em anos anteriores, podendo, na avaliação dos técnicos da Secretaria, colocar em risco a vida dos animais imunizados.
O maior número de eventos adversos notificados é procedente dos municípios de São Paulo e Guarulhos, que têm ampla experiência na realização de campanhas de imunização de cães e gatos. Nessas duas cidades foram registradas 7 casos de choque anafilático em animais vacinados, dos quais seis morreram, sendo quatro gatos e dois cães.
Na capital paulista, das 567 reações notificadas entre os dias 16 e 17 de agosto, 38% são consideradas eventos graves, como prostração, anorexia, dificuldade respiratória, convulsões e hemorragias. Nesse período, foram imunizados 121.691 animais em toda a cidade. Em Guarulhos, que já suspendeu a vacinação, houve 40 reações adversas entre 42.860 animais vacinados entre 9 e 13 de agosto.
A maior parte das reações tem sido observada em gatos e nos cães de pequeno porte (em torno de 6,5 quilos de peso). Somente na cidade de São Paulo, 85,3% das reações ocorreram com gatos vacinados nos dias 16 e 17.
Também foram constatados quatro óbitos, sendo dois de cães e dois de gatos, no interior de São Paulo. Nem todos os municípios paulistas iniciaram a campanha de imunização. O Instituto Pasteur, órgão da Secretaria, irá investigar os óbitos e as reações graves. A Secretaria informou ao Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição das vacinas aos Estados, sobre os problemas surgidos, e aguarda orientações.
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