Este ano Rio Claro já registrou cinco casos de morte em cavalos, provocados pela raiva, conforme laudo emitido pelo Instituto Pasteur. Para frear o avanço da doença, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Fundação Municipal de Saúde, tem feito alertas constantes para o perigo que a raiva representa a animais de grande e pequeno porte. Uma das ações do Zoonoses tem sido a vacinação gratuita de cães e gatos feita em campanhas e no atendimento diário em sua sede, localizada na Rua Alfa, Distrito Industrial.
Para os animais de grande porte, como os equinos e bovinos, as vacinas estão disponíveis nas agropecuárias, mas é importante que os proprietários providenciem a vacinação. Por este motivo o CCZ distribui material informativo em estabelecimentos comerciais da cidade chamando a atenção para a vacinação.
Não basta apenas ter conhecimento da doença, é preciso agir rapidamente para que a raiva não atinja a criação. A Casa da Agricultura (órgão estadual), localizada na Rua 3-A, número 903, entre as Avenidas 38-A e 40-A, na Vila Alemã, pode ser consultada se houver dúvidas sobre o procedimento correto para a aplicação das vacinas em equinos e bovinos.
A Casa da Agricultura Estadual também deve ser comunicada quando se notar animais mordidos por morcegosnas propriedades rurais para que a Equipe de Controle da Raiva dos Herbívoros da Secretaria do Estado possa ser acionada e trabalhar no município na busca de abrigos para morcegos hematófagos.
Pecuaristas e criadores de cavalos e bovinos precisam evitar a doença já que na zona rural estão os morcegos hematófagos vivendo em abrigos e cavernas. Esta espécie é uma das transmissoras da raiva e pode levar o animal não imunizado à morte.
Na zona urbana as demais espécies de morcegos que se alimentam de insetos e frutas também podem ser transmissores da doença. Animais domésticos que tiverem contato com esses morcegos podem se contaminar.
A preocupação em combater a raiva em animais é acima de tudo evitar o risco de que a doença chegue até os seres humanos. Essa contaminação pode ocorrer através de contato com o animal doente. A raiva é letal se a pessoa infectada não procurar atendimento médico imediatamente após ter tido contato com o animal doente.
A vacinação não é uma ação isolada. No caso do Centro de Zoonoses de Rio Claro ela está acompanhada de iniciativas de educação em saúde, educação em guarda responsável, feitas pelo IEC – Departamento de Informação, Educação e Comunicação do CCZ, através de palestras em escolas, centros comunitários, associações de bairro, universidades e outras instituições.
Casos de morte devem
ser comunicados
Para que haja um controle da raiva é necessário que no caso de suspeita de contaminação pela doença ou morte de animais infectados, os proprietários façam a notificação e não apenas enterrem o animal que for a óbito. Ele precisa ser examinado e ter material colhido para análises.
Apenas dessa maneira é possível saber onde os casos estão ocorrendo com maior frequência e intensificar as ações de prevenção. Esses números também são importantes para as estatísticas sobre a ocorrência da doença em todo o país. A suspeita de raiva animal deve ser comunicada no Escritório de Defesa Agropecuária, Casa da Agricultura ou Centro de Controle de Zoonoses pelos telefones 3535-4441 ou 3527-0309.
Cuidados
A raiva não tem cura, portanto é necessário tomar medidas preventivas. O importante é manter os animais domésticos (cães e gatos) e os de grande porte (cavalos e bovinos) vacinados anualmente contra a doença.
No caso do animal ficar doente, o proprietário deve chamar o veterinário imediatamente e evitar ter contato com sua saliva, pois é um canal de contaminação.
Caso o animal tenha sintomas de raiva, como parar de beber água, de comer e se esconder em locais escuros, a pessoa deve ligar no Centro de Controle de Zoonoses para receber orientações de como proceder.
Se a pessoa se deparar com um animal atropelado, não deve tentar mexer nele, pois em muitas situações ele está com dor e acaba mordendo. Em caso de arranhadura, mordedura, por qualquer mamífero, lavar o local imediatamente com água e sabão, abundantemente e procurar uma unidade de saúde.
Profissionais do CCZ, como veterinários e agentes de zoonoses estão participando de treinamento no Instituto Pasteur, em São Paulo para aperfeiçoamento nos trabalhos de sorologia e identificação da doença.