Em reunião com os vereadores na tarde dessa sexta-feira (04), o secretário da Saúde e presidente da Fundação de Saúde, Dr. Marco Aurélio Mestrinel, chamou os setores da sociedade para discutir propostas aos problemas da Fundação e apresentou toda documentação enviada ao Ministério Público sobre as ações que foram e estão sendo tomadas para a readequação de salários dos funcionários, em especial de médicos concursados.
Mestrinel comentou que o plano de carreira vigente na Fundação há 20 anos é o principal causador dos problemas de ordem trabalhista que estão sendo enfrentados por sua gestão.
Além disso, o secretário explicou que muitos funcionários tiveram acúmulo de direitos trabalhistas agregados a seus salários – muitos exigidos judicialmente, mais a adição de horas extras trabalhadas e plantões realizados. Lembrou que para um controle rígido, ao assumir como secretário mandou instalar o ponto biométrico e câmeras.
“Não tem médico ganhando sem trabalhar e a Fundação não deixou de atender”, destacou Mestrinel ao informar que a secretaria está pagando a quem vem cumprindo os plantões médicos e exercendo sua função para cobrir as 83 lacunas no atendimento médico. O secretário voltou a reafirmar o trabalho que a Fundação está realizando para sanear os problemas lembrando que várias medidas adotadas “já melhoraram muito com a diminuição das horas extras e sem o comprometimento de vidas”.
“O que existe é uma estrutura de 20 anos que não está adequada à realidade de Rio Claro, que é onerosa aos cofres públicos e que nós estamos resolvendo, pois caso contrário o plano vigente vai falir a Fundação em 10 anos”, alertou.
O levantamento de horas extras e de plantões foi solicitado pela própria Fundação de Saúde para que uma solução pudesse ser encontrada. Além disso, a Fundação Getúlio Vargas realizou, a pedido do próprio governo municipal, projeto de reforma administrativa para sanear todos os excessos e adequar os procedimentos funcionais de forma que haja justa valorização do funcionalismo sem prejuízo aos cofres públicos. Isso já está sendo discutido com os funcionários.
Com relação a possíveis “documentos duplicados”, Mestrinel explicou aos vereadores que existe a folha onde consta o pagamento do 5º dia útil e existe a folha com o pagamento de horas extras, que geralmente é feito entre 12 e 14 do mês. Esses documentos já foram analisados por perito financeiro e pelo Tribunal de Contas sem nada de irregular ter sido apontado.
No próximo domingo, 06, acontecem as provas do concurso público para contratação de funcionários, inclusive médicos. As vagas para profissionais médicos são para cobrir a lacuna existente no atendimento da saúde, fator determinante para o acúmulo de horas extras e de plantões por parte de alguns funcionários.