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18 de julho de 2014 Fundação de Saúde

Zoonoses e Adolfo Lutz fazem pesquisa sobre Leishmaniose

Equipes do Centro de Controle de Zoonoses da Fundação Municipal de Saúde de Rio Claro e do Instituto Adolfo Lutz estão juntas no desenvolvimento de pesquisa para identificar possíveis focos e prevenir a Leishmaniose.


A Leishmaniose Visceral, também conhecida como Calazar e Febre Negra, é transmitida por um inseto conhecido como “Mosquito Palha”. Devido à destruição de seu habitat natural, como matas e florestas, o mosquito transmissor da doença tem se aproximado cada vez mais dos centros urbanos. Ele se multiplica em lugares úmidos, escuros, com muitas plantas, árvores e folhas em decomposição, como em quintais e jardins.


Como já existem casos positivos de Leishmaniose em cidades vizinhas, Rio Claro tem feito pesquisa de prevenção com apoio da Sucen – Superintendência de Controle de Endemias.


No laboratório do Instituto Adolfo Lutz, testes rápidos, seguidos de outros procedimentos, como o teste Elisa, são realizados por profissionais experientes. Uma bióloga e uma veterinária do Centro de Controle de Zoonoses participam e aprimoram os conhecimentos com as descobertas mais recentes.


O trabalho é coordenado pela Dra. Rita Maria da Silva, responsável pela área de parasitologia do Instituto Adolfo Lutz e pelas pesquisadoras Silvia Regina Baraldi e Divani Maria Capuano.


Para a bióloga Milene Weissmann e a veterinária Amanda Borotti, do Centro de Controle de Zoonoses, a soma dos esforços das equipes envolvidas é muito importante para a saúde pública.


“É um privilégio para nós contarmos com a disponibilidade dessa equipe para conhecer os avanços dos testes e pesquisas recentes sobre a doença”, declararam. A equipe do Instituto Adolfo Lutz trabalha com a identificação de todo tipo de parasitas que comprometem a saúde humana e atende cidades da região como Charqueada, São Pedro e Piracicaba.


Sintomas nos animais

O cão é o principal reservatório do protozoário causador da Leishmaniose Visceral. Principais sintomas da doença no animal: apatia, lesões na pele, queda de pelos inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas, emagrecimento, lacrimejamento e crescimento anormal das unhas.


Sintomas em humanos

Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para os humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde.


Como prevenir

Em primeiro lugar deve-se evitar a criação e proliferação do inseto vetor da doença. O “Mosquito Palha”, que se reproduz no meio da matéria orgânica e em criadouros de animais.


Orientações:

§ Evitar a criação de porcos e galinhas em área urbana;

§ Manter a casa e o quintal livre de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeiras e frutas;

§ Embalar e fechar o lixo em sacos plásticos;

§ Essas medidas também devem ser adotadas por proprietários de terrenos;

§ Nos animais a utilização de coleiras repelente de insetos é uma recomendação para se evitar a picada do mosquito.

Os chiqueiros e galinheiros são os principais focos de permanência do mosquito, que se reproduz na matéria orgânica. Isso tem sido uma preocupação para as autoridades sanitárias.


A criação desses animais é proibida na zona urbana, mas muitas pessoas ainda mantêm a prática em quintais. O mosquito transmissor da Leishmaniose entra nas residências e se esconde em lugares escuros. Como são muito pequenos eles picam os moradores sem serem notados.

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