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19 de abril de 2010 Obras

Lei em Rio Claro exige asfalto com qualidade

    A prefeitura de Rio Claro está publicando no Diário Oficial deste final de semana a Lei 4053, que estabelece critérios para a elaboração de obras de pavimento flexível no município. A lei determina que os procedimentos a serem adotados fiquem subordinados às normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP).
    “Nosso objetivo é garantir que as obras tenham qualidade e maior durabilidade, o que significará economia aos cofres públicos, uma vez que a Prefeitura passará a ter menores despesas com os serviços de manutenção do pavimento de ruas e avenidas”, afirma o prefeito Du Altimari.
    Pela nova lei, os novos loteamentos terão de adotar esses critérios na realização das obras que assegurem um pavimento com qualidade. “Isto colocará fim a situações vivenciadas pelo município, quando bairros com pavimentação recente se apresentam cheios de buracos nas ruas”, observa o secretário de Obras, Ivan Falcão De Domênico.
    O secretário explica que as obras poderão ser feitas com o uso de solo-cimento ou de brita graduada tratada com cimento (BGTC). “Nos projetos realizados pela prefeitura vamos adotar o solo-cimento”, informa, acrescentando que “na construção da nova rotatória da Avenida 50-A já estamos utilizando solo-cimento”.
    A tecnologia de solo-cimento já é conhecida há algumas décadas, inclusive como opção econômica para a construção civil, especialmente casas. No país, o uso do solo-cimento não foi tão popularizado considerando as inúmeras vantagens que a mistura oferece, a começar pelo preço baixo, a facilidade de conservação, durabilidade, praticidade e o fato de que a principal matéria-prima, o solo (terra) é abundante, inclusive no local da obra. “O uso desta tecnologia confere com os nossos princípios de desenvolvimento sustentável, de crescimento econômico com qualidade de vida e respeito ao meio ambiente”, justifica o prefeito Du Altimari.
     No caso da pavimentação, o uso dessa tecnologia simples e eficiente garante mais durabilidade ao asfalto, que é superposto à camada de solo-cimento, explica o secretário de Obras, Ivan Falcão De Domênico. Com essa técnica, “evita-se que o asfalto ceda quando pressionado pelo tráfego pesado, formando bolhas e baixos relevos que deixam a superfície do asfalto ondulada”, acrescenta. Essas ondulações são popularmente chamadas de “borrachudos”.  Uma boa compactação do terreno, associada com a camada de solo-cimento, “produz efeito impermeabilizante, mantendo seco o solo abaixo e impedindo que a capa asfáltica reaja à passagem contínua de veículos pesados, como carretas e ônibus”, afirma o secretário.  
    A farta literatura disponível sobre essa tecnologia indica que solos mais arenosos – com a presença de 60 a 80% de areia na massa total – são os ideais para a composição da mistura.  Mesmo na ausência de solos com essa proporção de areia, no entanto, as técnicas disponíveis permitem chegar à composição desejável.  Silte e argila, na proporção de 30% em 70% de areia produzem a composição recomendada. Usualmente, o solo-cimento requer mistura de água com 12 a 15 partes de cimento para 100 partes de solo seco. A mistura é simples, preparada num processo igual ao da argamassa.  “E o que mais importa é a qualidade resultante, com longa vida e resistência do asfalto”, destaca Altimari.

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