Além de melhorar as condições de tráfego em uma das áreas com maior movimento de veículos da cidade, o recapeamento asfáltico na região central de Rio Claro reúne em uma só obra qualidade e economia aos cofres públicos do município. Valores levantados pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços mostram que, em relação a trabalho similar realizado há cinco anos, as vantagens para motoristas e contribuintes são flagrantes.
“Em primeiro lugar é preciso diferenciar o processo de aplicação do asfalto utilizado em uma e outra ocasiões”, explica o Secretário de Obras, Ivan De Domenico. “A aplicação de asfalto a frio, como feito na época, não se equipara em qualidade com o ‘asfalto quente’ que está sendo utilizado agora”, frisa. “Tanto isso é verdade que os contratos de micropavimento a frio oferecem garantia de três anos, enquanto que no recapeamento a quente a garantia é de cinco anos”, esclarece.
Já em relação aos custos, o preço do micropavimento a frio no ano de 2006 era de R$ 7,12 o metro quadrado, que atualizado pelo INCC da Fundação Getulio Vargas (FGV) equivale, hoje, ao valor de R$ 10,14 o metro quadro.
O recapeamento a quente com polímero que está sendo executado na região central atualmente custa R$ 10,05 o metro quadrado, ou seja, é mais barato que aquele micropavimento a frio com os valores devidamente atualizados. “Com o detalhe importantíssimo de que, com a qualidade do recapeamento a quente, consegue-se uma vida útil do recape superior em anos”, destaca
De Domênico.As obras de recapeamento na região central fazem parte de convênio com o Ministério do Turismo. Os recursos recebidos ultrapassam R$ 2,6 milhões e são a fundo perdido, ou seja, dinheiro que não precisa ser devolvido, o que representa mais economia aos cofres públicos, desse vez oriunda dos esforços da atual administração na busca por investimentos de outras esferas de governo.
Na justificativa do projeto encaminhado ao Ministério do Turismo, a Prefeitura destacou que, em 2006, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) aprovou o tombamento do traçado do núcleo original da cidade de Rio Claro, de quatro antigas residências e de um monumento na mesma área. Nas análises feitas para o tombamento da área foi reconhecida a importância histórica do plano urbanístico rio-clarense, implantado no início do século XIX. Esses recursos vindos do governo federal são “verba carimbada”, o que exige que a Prefeitura os utilize obrigatoriamente na execução do recapeamento de vias públicas que dão acesso a alguns dos principais patrimônios históricos arquitetônicos na região central do município, conforme estabelecido no convênio assinado em Brasília. São ruas e avenidas de acesso a patrimônios como a antiga Estação Ferroviária, o Gabinete de Leitura, Jardim Público, antigo Cine Variedades, Escola Bayeux da Silva, Igreja Matriz de São João Batista e Praça da Liberdade.