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11 de maio de 2010 Obras

Terreno da base de segurança no Jardim São Paulo recebe terraplanagem

Terreno da base de segurança no Jardim São Paulo recebe terraplanagem

Terreno da base de segurança no Jardim São Paulo recebe terraplanagem

     A prefeitura de Rio Claro trabalha nesta segunda-feira, 10, na terraplenagem da área onde será construída uma Base Comunitária de Segurança, no Jardim São Paulo, contemplando também o Jardim Mirassol e bairros adjacentes. O terreno escolhido fica na Avenida 8, proximidades da Rua 23. A construção terá 60 metros quadrados, com área ampla para estacionamento.

     Reivindicada pela comunidade daquela região, especialmente por moradores dos jardins São Paulo e Mirassol, que se mobilizaram e levaram o pleito ao prefeito Du Altimari e ao secretário municipal de Segurança e Defesa Civil, José Gustavo Viegas Carneiro, a base será operacionalizada pela Guarda Civil Municipal. Os moradores se encarregaram de apresentar a reivindicação já com um trunfo nas mãos: o material de construção a ser utilizado na obra foi adquirido pela comunidade, com a ajuda de empresários e outros colaboradores. Ao município, portanto, caberá garantir a construção, equipamentos, efetivos e viaturas.

     O prefeito Du Altimari justifica a obra no local argumentando que a região ocupa “uma posição estratégica” para receber uma base de segurança. Segundo ele, isso vai “dinamizar o atendimento às ocorrências naquela parte da cidade, permitirá o acionamento rápido de policiais e viaturas e vai encurtar o tempo entre as chamadas e a presença efetiva das equipes da Guarda Municipal”. 

      O canteiro de obras que está sendo montado na área escolhida já chama a atenção de moradores nas vizinhanças do local. “Felizmente, ainda não entrei nas estatísticas de assaltos, mas essa região é muito visada pelos bandidos”, explica Edilson Ribeiro, 36 anos, dono de uma oficina a poucos metros da futura base. “Tenho a empresa há três anos e me valho de sistemas de segurança para garantir um sossego relativo”, diz. Ribeiro, porém, está certo de que com o funcionamento da unidade de segurança na área, a “violência será reduzida, porque a presença de uma base fixa, aqui, intimidará a bandidagem”.

     Eliana Exel, proprietária de um comércio de onde se pode avistar a futura base, já passou por experiências traumáticas desde que inaugurou a empresa há três anos, como Edilson. “Fui assaltada cinco vezes, sempre à luz do dia e a sensação é péssima, de impotência”, revela. Cansada de ser surpreendida, ela precisou contratar um segurança particular que cuida do prédio durante a noite, mas admite que não pode manter vigia durante o dia por impossibilidade financeira. Então, “pago para ter a proteção quando vou fechar a loja e o mantenho vigia também no período noturno”.

     Mesmo tendo de garantir a segurança tirando dinheiro do próprio bolso, Edilson e Eliana não livram o Estado de responsabilidade. “É necessário que as pessoas tenham o mínimo de tranqüilidade e suporte do poder público para que não fiquemos à mercê da violência”, sustenta Eliana, com o aval do vizinho mecânico, que tem opinião muito semelhante.

    Os dois, portanto, apóiam a ação da prefeitura, desenvolvida em comum acordo com os moradores daquela região. “Participei deste processo de mobilização desde o início, quando pedíamos reforços no policiamento e logo vimos que o movimento se alastrou por aqui, conquistou a simpatia de todos os moradores e acabou evoluindo para a construção de uma base”, afirma Eliana. Edilson, da mesma forma, se engajou na campanha feita no bairro e considera que foi “proveitoso o esforço coletivo daquela comunidade”.

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