A paranaense Fátima Silva de Amaral, que reside em Rio Claro há mais de 30 anos, e sua filha Érica, de 18, têm encontro marcado com um futuro que povoou seus sonhos nas últimas décadas: ela e a filha integram o grupo de 112 famílias de baixa renda (zero a R$ 1.600,00) que neste domingo, 13, às 9 horas, vão receber as chaves de suas moradias no Residencial Jasmim, obra do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, na Vila Cristina. De posse das chaves, a mudança já estará liberada para as famílias beneficiadas.
“Somos apenas nós duas e não vemos a hora de entrar num apartamento que será nosso”, diz Fátima, que desembolsa R$ 250,00 de aluguel e sabe que a prestação da casa vai representar uma mínima parte deste valor. “Vai sobrar para outras coisas que hoje não podemos comprar”, conta. Fátima trabalha há 15 anos como faxineira-diarista na casa de Alice, mãe de uma garota que ela ajudou a cuidar deste o berço e que também considera sua segunda filha. “Ela me ajudou muito, me incentivou, acreditou que seria possível e o resultado está aí”, revela Fátima em agradecimento à “patroa”, como ela se refere à amiga e empregadora.
Os apartamentos, com área de aproximadamente 47 m², foram edificados em várias blocos de quatro pavimentos. Internamente, eles possuem dois quartos, sala, banheiro, cozinha e lavanderia conjugadas. Famílias com idosos e pessoas com deficiência têm a preferência na escolha de apartamentos térreos, que facilitam muito a mobilidade.
Investimentos
As 112 moradias do Residencial Jasmim compõem um lote de aproximadamente 1.800 unidades habitacionais contratadas pela prefeitura de Rio Claro a partir de 2009, no início do primeiro mandato do prefeito Du Altimari. Com a entrega das chaves das unidades do Residencial Jasmim, neste domingo, o governo municipal estará contabilizando 480 moradias entregues, propondo-se a inaugurar as aproximadamente 1.300 unidades restantes nos próximos meses.
O volume de recursos mobilizados nesta etapa chega a R$ 88 milhões. Além disso, a prefeitura já tem o aval das fontes governamentais para a implantação de mais 3.500 moradias para a população de baixa renda, totalizando investimentos de R$ 343 milhões. Os recursos serão destinados à construção das moradias e também de equipamentos sociais, como escolas e unidades de saúde para atender os novos empreendimentos.
Considerando as 1.800 moradias já entregues ou em fase de conclusão, e mais as aproximadamente 3.500 unidades habitacionais cujos papéis tramitam e evoluem atualmente para a assinatura dos contratos, são mais de 20.000 pessoas diretamente beneficiadas na faixa de renda mínima, justamente a mais necessitada.