Embasado nas recomendações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, com o objetivo de esclarecimentos e orientações no tocante aos procedimentos para salvaguardar a saúde dos munícipes, visto que na semana de 23 a 27 de Agosto de 2010, a Umidade Relativa do Ar no município de Rio Claro chegou ao nível de Emergência (11%), a Defesa Civil Municipal oferece informações como alerta à comunidade.
Estiagem é o resultado da redução, atraso ou ausência de chuvas, em um determinado período. Nessa época o ar fica mais seco, propiciando o aumento de problemas bronco respiratórios como gripes, alergias entre outros, além de incêndios em matas e florestas. Para minimizar os efeitos desse período a Defesa Civil recomenda à população:
1. Beber muita água, comer mais frutas e vegetais, pois a desidratação é um sério risco.
2. Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 10 e 16 horas.
3. Evitar aglomerações em ambientes fechados.
4. Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol ou em áreas arborizadas.
5. Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água.
6. Não jogar bitucas ou pontas de cigarros às margens de rodovias, parques ou em locais com vegetação seca.
7. Não soltar balões ou fogos de artifícios.
8. Não acender fogueiras em matas ou florestas mesmo que estas estejam em áreas particulares.
9. Não promover queimadas para limpeza de terrenos para agricultura.
10. Não queimar lixo ou restos de podas de árvores.
11. Acionar o Corpo de Bombeiros (Telefone 193) sempre que houver um foco de incêndio.
Além dessas medidas é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas, pois a baixa umidade leva a ressecamento dos olhos e das mucosas provocando o sangramento. Consulte um médico sempre que for necessário. Tais medidas se devem ao fato da Umidade Relativa do Ar (que é a porção de água existente no ar que respiramos) estar muito baixa atingindo níveis de emergência (12%) em Rio Claro.
A característica do inverno em nossa região é de clima seco, sendo normal a diminuição ou ausência de chuva e como conseqüência, a queda da umidade relativa do ar. Nessa época as inversões térmicas (o ar frio que é mais pesado fica mais próximo à terra segurando os poluentes, e o ar quente por ser mais leve fica acima e dificulta a dispersão dos mesmos) bem como os bloqueios atmosféricos (que são massas de ar com pressão e temperatura mais elevadas do que a frente fria) impedem a formação de nuvens de chuva e dificultam a dispersão dos poluentes, aumentando assim os problemas de saúde decorrentes da baixa umidade relativa do ar e mudanças significativas de temperatura durante o dia, ou seja, manhãs e noites frias e tardes quentes.
A estação chuvosa começa a partir da segunda quinzena de outubro, o que não significa que não pode vir a chover antes. Para compreender as diferenças entre 2009 e 2010, segue uma comparação explicativa.
ESTIAGEM
Inverno de 2009 – O inverno de 2009 começou com chuvas dentro da média. A partir do mês de julho as chuvas se intensificam devido ao suporte de umidade vinda da Amazônia, encerrando o inverno com características atípicas.
Inverno de 2010 – Rapidamente o El Ninho perde força e nos encontramos sobre um período de neutralidade, migrando para condições de La Niña. A umidade relativa do ar, como esperado, atinge valores baixos, devido os longos períodos de estiagem gerados por bloqueios atmosféricos (resquícios do El Ninho que se despede).
Interessante ressaltar a diferença entre os invernos de 2009 e 2010
O ano de 2010 não é um ano tão seco quanto anunciado, estamos sobre um oceano praticamente neutro, fator que mantém as características típicas para a época do ano. A neutralidade permite picos de temperaturas, especialmente devido à ocorrência de bloqueios atmosféricos. (inclusive o El Niño que se despede potencializa este tipo condição). No momento em que temos ondas de calor, como a que presenciamos, a umidade relativa diminui gradualmente e o risco para queimadas e problemas respiratórios aumenta. Nos dois invernos anteriores não verificamos significativas ondas de calor (a La Niña ameniza as diferenças térmicas) e por este motivo a quantidade de problemas relativos à umidade não foram tão significativos, como queimadas e problemas respiratórios.
Perspectiva para os próximos meses
Há indicativos da chegada de frentes frias fortes o suficiente para ocasionar chuva no interior do Estado de São Paulo, inclusive na região de Franca, apenas na segunda quinzena de setembro e o retorno efetivo das chuvas, com maior intensidade e incidência a partir da segunda quinzena de outubro.
Após o retorno das chuvas há uma intensificação com a aproximação do verão, com auge entre os meses de dezembro e janeiro. São esperadas chuvas dentro da normalidade ou levemente abaixo do esperado climatologicamente. Apesar das chuvas serem levemente abaixo o risco para transtornos devido à ocorrência de tempestades de verão permanece elevado devido ao fato da possibilidade de chuvas concentradas.