A prefeitura de Rio Claro aguarda para o fim deste mês ou início de maio o funcionamento do sistema de tratamento do chorume produzido no Aterro Sanitário do município, localizado às margens da Rodovia Fausto Santomauro, no trecho entre a cidade e o distrito de Assistência. O chorume, que se apresenta em estado líquido, de cor escura, resulta de processos de decomposição de resíduos orgânicos.
Vista do Aterro Sanitário do município
O sistema de tratamento funciona vai funcionar, inicialmente, com dois aeradores, equipamentos que movimentam continuadamente o chorume acumulado nas lagoas e aumentam o nível de oxigênio, acelerando a deterioração dos resíduos. Caberá à empresa Qualix, responsável pelo aterro, a instalação dos equipamentos necessários, conforme projeto aprovado pela Cetesb.
Atualmente, mesmo sem este tratamento específico, o chorume vai para as lagoas de decantação existentes na área, passa pelos processos convencionais e dali retorna para o aterro, com a ajuda de um caminhão pipa, onde é introduzido nos drenos, voltando então a irrigar os resíduos orgânicos ali depositados e contribuindo para acelerar a decomposição. Quando do funcionamento do novo sistema, contudo, boa parte do chorume gerado no aterro terá a destinação citada, porque há necessidade de água para “irrigar” a massa de lixo ali depositada, enquanto um pequeno percentual será transportado em carro pipa para ser lançado diretamente na estação de tratamento de esgoto (ETE). Isto, até que seja construída, futuramente, a ETE prevista para aquela região do município.
O fundamental é que, hoje, não há vazamentos de chorume para o córrego da Servidão, que passa nas imediações do Aterro Sanitário. A prefeitura, inclusive, deverá contratar uma empresa ou instituição, em curto prazo, “para a realização de estudo e diagnóstico de eventuais problemas relacionados com o chorume no entorno do Aterro”, explica a diretora de resíduos sólidos da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema), Regina Ferreira Silva.
Vista do Aterro Sanitário do município
O Aterro Sanitário de Rio Claro recebe, atualmente, “o equivalente a 130 toneladas de lixo doméstico por dia, o que corresponde a quatro mil toneladas por mês e, além disso, são mais de 400 toneladas de resíduos industriais por mês”, informa o engenheiro Luiz Antonio Seraphim, da Sepladema. “A área total é de 90 mil metros quadrados, dos quais 60 mil são ocupados pelo aterro”, acrescenta.
Vista das lagoas que compõem o sistema
