A Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena) está recebendo cuidados na rede de drenagem que se situa ao lado do solar, descendo em direção à colônia de casas e outras construções antigas, que datam da época em que as fazendas de café prosperavam naquela área.
Os canais de escoamento de água foram feitos com tijolos e sofreram a ação do tempo. Problemas como rachaduras nas paredes laterais, acúmulo de sujeira e outros, acabaram por comprometer o fluxo de água. Os serviços que estão sendo realizados incluem justamente a limpeza, reconstrução das paredes laterais e da base dos canais nos locais comprometidos, explicou o diretor de manejo florestal da prefeitura, Milton Machado Luz.
A intervenção foi autorizada pela Fundação Florestal, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que administra aquela reserva. “Estamos realizando o serviço como uma compensação à Fundação Florestal, porque a sede da nossa diretoria de manejo florestal ocupa um imóvel naquela reserva”, conta o diretor.
O então Horto Florestal surgiu oficialmente em 1909. Ali, para suprir a demanda de madeira usada nos dormentes, onde os trilhos da ferrovia eram fixados, o engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de Andrade importou da Austrália mais de uma centena de espécies de eucalipto, selecionando as mais resistentes e duráveis para a finalidade a que se destinavam. Estava, então, implantado um centro de pesquisas renomado, que é uma das heranças da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, orgulho dos rio-clarenses. Famosa no mundo todo, a coleção de tantas e variadas espécies de eucaliptos atrai a atenção de visitantes de vários países, como aconteceu há algum tempo com um grupo de técnicos e autoridades chineses.
