Os servidores públicos municipais de Rio Claro poderão acompanhar de perto a movimentação das finanças públicas do município, enquanto a administração municipal busca recuperar o seu caixa para pagar as horas extras em atraso dos meses de junho e julho.
A proposta foi apresentada pela administração municipal durante reunião de conciliação realizada na tarde desta sexta-feira, no Tribunal de Justiça, em São Paulo. Na reunião foi mantida a decisão judicial que suspendia a greve.
Os servidores poderão indicar dois representantes da categoria para verificar o dia a dia da Secretaria Municipal de Economia e Finanças, e, tão logo haja dinheiro para pagar as horas extras, o pagamento será feito. Os servidores decidirão em assembléia se aceitam a proposta.
Na reunião desta sexta-feira, administração municipal reafirmou sua disposição em saldar o débito das horas extras tão logo tenha receita para isso. “A prioridade continuará sendo o pagamento em dia dos salários e da segunda parcela do 13º salários”, afirma o secretário de Finanças, Japyr Pimentel Porto.
O município teve dificuldades para pagar as horas extras em razão da queda na arrecadação e já iniciou a adoção de uma série de medidas visando adequar as despesas à receita municipal, que diminuiu com a queda na arrecadação. A Festa Di San Gennaro e a Festa das Nações, por exemplo, foram canceladas. Uma comissão foi criada para avaliar as solicitações de despesas no âmbito da administração pública municipal, com o objetivo de estabelecer um mecanismo a mais para garantir o equilíbrio das contas públicas municipais. A administração municipal também determinou às secretarias municipais um controle rigoroso sobre as horas extras.
Da reunião em São Paulo, participaram o prefeito Du Altimari, os secretários Japyr Porto (de Finanças), Gustavo Perissinotto (de Negócios Jurídicos), Geraldo Barbosa (de Saúde) e a procuradora da Fundação de Saúde, Andrea Caritá.