O prefeito Du Altimari renovou, na quarta-feira, 4, durante a posse dos novos membros do Conselho Municipal da Comunidade Negra (Conerc) o compromisso de seu governo de “garantir todo suporte e apoio à entidade e à comunidade negra em suas aspirações legítimas” de cidadania, igualdade racial e de direitos. “Temos esta visão bem fundamentada desde os tempos da universidade e reconhecemos que uma sociedade justa e democrática não pode, em qualquer hipótese, admitir discriminação ou exclusão”, afirmou.
Segundo Altimari, “a vitalidade com que a comunidade negra de Rio Claro se organizou”, especialmente a partir do início da atual administração, “transmite a certeza de que vocês representam, hoje, o maior fórum de discussões do município, o que é evidente para todos que acompanham a trajetória de vocês”, afirmou.
A vice-prefeita e secretária municipal de Governo, Olga Salomão também registrou a “caminhada da comunidade negra rio-clarense nesta busca incessante de afirmação e voz”. Disse, ainda, que recebeu “com enorme satisfação a responsabilidade que o prefeito Du Altimari reservou à sua secretaria, de cuidar dos assuntos referentes à democracia participativa, pilar do atual governo”. O que “assistimos nestes quase dois anos, foi um salto qualitativo e quantitativo nas ações cidadãs, vendo lideranças populares se firmarem nas mais diversas áreas, inaugurando um ciclo diferenciado de participação da sociedade na definição das políticas publicas”, declarou.
Para a vice-prefeita, a comunidade negra teve um papel de destaque neste sentido. “Vocês se articularam, definiram convergências, foram à luta e nos enchem de orgulho com o ímpeto dedicado à união da comunidade”, acrescentou.
Como presidente do conselho cuja gestão se encerrava na quarta-feira, Divanilde de Paula iniciou seu discurso dirigindo-se, emocionada, ao prefeito Du Altimari. “Realizamos, enfim, um parto, prefeito”, resumiu. A agora ex-presidente do Conerc sublinhou as “dificuldades que a comunidade negra enfrentou nos últimos anos por não ter um conselho plenamente constituído”. Lembrou, contudo, a fase marcante do início desta luta, quando ela e alguns representantes da comunidade estiveram em São Paulo, recolhendo as informações iniciais sobre como a entidade deveria se estruturar e funcionar.
Divanilde enfatizou que a função do conselho, da forma como está estruturado atualmente, é “propor e cobrar políticas públicas, reduzir as desigualdades, assegurar respeito às manifestações religiosas, culturais e artísticas dos afro-descendentes”.
A vereadora Raquel Picelli, que na ocasião representou a Câmara Municipal e seus colegas vereadores ali presentes – Sérgio Desiderá, Maria do Carmo Guilherme e Julinho Lopes – identificou na comunidade negra local um “protagonismo essencial em prol da dignidade das pessoas”. Ela verifica um “contraste muito grande na atuação da comunidade negra, hoje”, com o que presenciou em seu mandato anterior de vereadora. Raquel disse que a comunidade negra local “cresceu muito em termos de organização, participação e ações construtivas, debatendo as questões de seu interesse, posicionando-se com mais vigor e disposição”.
A posse dos 23 novos membros do Conselho Municipal da Comunidade Negra foi presenciada e aplaudida pelas demais autoridades e convidados que compuseram a mesa para a realização da solenidade. Presentes na ocasião a presidente do Fundo Social de Solidariedade, Rosana Pinhatti Altimari, o delegado da Polícia Civil, Aroldo Cezário Diniz e o 1º Tenente Helington Ilgger, da Polícia Militar. Galdino Clemente, do Departamento de Cultura Afro-Descendente e de Integração Étnica de Limeira também participou da cerimônia e foi convidado à mesa.