Prefeitura de Rio Claro obteve nesta segunda-feira, 27, a aprovação do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) para os serviços de consolidação no prédio do Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga, atingido por um incêndio em junho deste ano.
Com o aval do Condephaat, o trabalho de recuperação do museu, a cargo da empresa Estúdio Sarasá Conservação e Restauração será intensificado nesta terça-feira, 28. O responsável pela empresa, Antonio Luis Ramos Sarasá Martin, que é restaurador e conservador especializado, está em Rio Claro desde segunda-feira, 20. Toninho Sarasá, como é conhecido, esteve praticamente todos os dias no local da obra, fazendo uma análise prévia da situação do prédio.
A partir de agora, com a permissão para atuar no interior do prédio sinistrado, o trabalho de consolidação é prioritário, evitando que partes das paredes restantes desmoronem, como aconteceu há pouco mais de uma semana e também nas últimas horas.
O contrato com o Estúdio Sarasá, que tem vasta e notória experiência neste tipo de serviço, foi assinado dia 17 deste mês, a partir da liberação da verba de R$ 180 mil, valor inicialmente comprometido com a recuperação do madeiramento na cobertura do prédio – que foi totalmente destruída pelo fogo – e agora revertido para as ações prioritárias destinadas à devolução daquele patrimônio histórico e arquitetônico aos rio-clarenses.
De acordo com o contrato, o restaurador terá 90 dias para a conclusão de seu serviço, prazo que deve coincidir com o final do ano. Segundo ele, até lá a construção estará estabilizada e haverá um diagnóstico e projetos prontos para o início das obras de recuperação do prédio. “Trata-se de uma operação delicada, que envolve muita atenção e cuidado”, observa o restaurador. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também deverá se manifestar no decorrer da semana sobre o trabalho que estará sendo executado. Tanto o Condephaat como o Iphan acompanharão o desenvolvimento dos serviços.
Toninho Sarasá explica que o trabalho sob sua responsabilidade seguirá diretrizes padrões para estes casos, que são: 1) montagem do canteiro; 2) instalação de canteiro para análise das peças, tanto para arquitetura como do ponto de vista arqueológico; 3) remoção dos escombros, com seleção e estudo das peças; 4) mapeamento de danos e registro gráfico com elaboração de plantas; 5) sondagem de solo e de fundações; 6) escoramento provisório (emergencial) das paredes remanescentes; e 7)elaboração de projeto básico para instalação de museu.