O comerciante Paulo César Fernandes Rodrigues, 56, foi homenageado nesta quarta-feira, 16, pela prefeitura de Rio Claro, num reconhecimento público ao trabalho voluntário que costuma realizar em situações que afligem a população e o município, numa atitude exemplar de cidadania e dedicação ao próximo.
Ao lado do filho, Tiago, 33, Paulo recebeu um diploma que registra a gratidão da prefeitura por este espírito verdadeiramente cidadão, generoso e solidário. “Foi uma grande honra ter sido lembrado, receber este reconhecimento”, explicou o homenageado, que tem um comércio no bairro Cervezão.
O prefeito Du Altimari entregou o certificado em ato que teve a presença da vice-prefeita Olga Salomão e de secretários municipais, entre os quais o de Agricultura, Carlos Alberto Teixeira De Lucca e o diretor do Departamento de Defesa Civil, Danilo de Almeida.
Uma das últimas ações protagonizadas por Paulo ocorreu logo em seguida ao temporal que desabou sobre a cidade na segunda-feira, 7, deixando um saldo de mais de 200 árvores no chão, impedindo o trânsito e atingindo residências. “Vi o Paulo e o Tiago em plena madrugada, com suas próprias ferramentas, trabalhando na retirada de árvores e galhos que interromperam o tráfego na Rua 6, perto do Núcleo Administrativo Municipal”, relata o secretário municipal de Agricultura, Carlos Alberto Teixeira De Lucca, que ficou comovido com aquela imagem. “Eles não se preocuparam com suas casas, deixaram tudo para trás e tomaram a iniciativa de começar a desimpedir aquela via pública, para garantir que ao raiar do dia o trânsito já pudesse fluir normalmente naquela via”, acrescentou.
Segundo Paulo, essa capacidade de doação ao próximo é um componente natural de sua personalidade. Ele integra um grupo de gaioleiros – praticantes de um esporte radical que utiliza carros leves, denominados gaiolas e projetados especialmente para estradas de terra. “Todos temos em comum uma ligação anterior com instituições militares, como o exército, onde adquirimos conhecimentos para trabalhar na linha de frente em situações de calamidade pública, por exemplo,” explica. “E quando essas situações surgem, estamos prontos para ajudar e gostamos do que fazemos”, completa.