MENU

accessible_forward Acessibilidade
21 de junho de 2010 Sem categoria

Museu de Rio Claro será recuperado

A Prefeitura de Rio Claro vai instalar estruturas de contenção, em forma de andaimes, para dar suporte às paredes do prédio onde funcionava o Museu da cidade e que foi atingido por um incêndio na madrugada desta segunda-feira, 21. O objetivo é evitar que as paredes desmoronem e, desta forma, possam ser aproveitadas no trabalho de recuperação do prédio, que é de 1863 e está localizado na Rua 7 esquina da Avenida 2, centro de Rio Claro.

A recuperação do prédio foi a principal decisão na reunião da tarde desta segunda-feira, entre representantes do governo municipal, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). “Este patrimônio é parte importante da história de Rio Claro e merecerá todo nosso empenho para que permaneça em pé”, afirma o prefeito Du Altimari.

A intervenção para a instalação dos andaimes só poderá ser feita a partir do laudo dos peritos criminalistas, vindos de Piracicaba, que chegarão à cidade nesta terça-feira, 22. Até lá, a área permanecerá isolada para evitar alterações no cenário, o que dificultaria as análises dos peritos. O resultado da perícia indicará as possíveis causas do incêndio, contribuindo para as investigações em curso.

Assegurada a estabilidade das paredes, serão realizadas as obras definitivas de recuperação, com um projeto que deverá incluir o aproveitamento da fachada do Museu e modernas estruturas no recinto interno. Em princípio, trabalha-se com a opção de revestir as paredes internas com uma espécie de couraça – possivelmente metálica – que fortalecerá a estrutura, permitindo o acabamento posterior. O engenheiro e secretário de Obras de Rio Claro, Ivan De Domenico, informa que há tecnologias disponíveis para esta finalidade.  Segundo Ivan, 90% das paredes do prédio apresentam condições de recuperação.

O fogo desta segunda-feira destruiu uma carruagem do final do século 19, que pertenceu à Fazenda Santa Gertrudes e foi doada ao Museu em 1980; um carro pipa que na década de 50 era utilizado para distribuir água potável à população rio-clarense; uma réplica da Pietá, feita para ser colocada no cemitério municipal e que, em 1973, foi doada pela família Muniz ao Museu; e três móveis em madeira. Tudo foi perdido. A única exceção poderá ser a estátua, feita em mármore de carrara, que será procurada em meio aos escombros.

Na reunião desta segunda-feira,  o Iphan anunciou que cuidará de catalogar as peças do acervo que não se encontravam no museu. São aproximadamente 12 mil itens, entre fotografias, moedas, mobília da primeira Câmara Municipal de Rio Claro, peças arqueológicas e documentos. Tudo está guardado em imóvel alugado pela prefeitura, desde janeiro de 2004, quando o prédio do Museu foi fechado para reforma. A prefeitura iniciaria, nos próximos dias, a recuperação do forro e da escadaria.

Skip to content