Rio Claro assina nesta quinta-feira, 5, a adesão ao Pacto Juventude Viva. A solenidade será realizada às 14 horas no auditório da Secretaria de Educação, no Núcleo Administrativo Municipal (NAM), com a presença da Articuladora Nacional do Plano, Juliana Kitanji Mona.
O Plano Juventude Viva constitui uma oportunidade histórica para enfrentar a violência, problematizando a sua banalização e a necessidade de promoção dos direitos da juventude, em especial, a negra. Além das ações voltadas para o fortalecimento da trajetória dos jovens e para a transformação dos territórios, o Plano busca promover os valores da igualdade e da não discriminação, o enfrentamento ao racismo e ao preconceito geracional, que contribuem com os altos índices de mortalidade da juventude negra brasileira.
Trata-se de um esforço inédito do conjunto das instituições do Estado para enfrentar a violência, somando esforços com a sociedade civil para a sua superação. As políticas e os programas do Plano destinam-se, em especial, aos jovens de 15 a 29 anos, em sua maioria com baixa escolaridade, moradores dos bairros mais afetados pela violência.
A violência simbólica também é alvo do Juventude Viva, que pretende, por meio de uma campanha de enfrentamento à violência contra a juventude negra, sensibilizar e engajar a sociedade para a superação do problema. A ação aborda o racismo e o preconceito geracional, enfrentando estigmas e valorizando a imagem dos jovens, especialmente os negros, como cidadãos portadores de direitos.
“Estou convencida da importância do Juventude Viva para o município de Rio Claro, pelo que ele representa para os jovens e para a comunidade negra, e principalmente pela possibilidade de pensar as politicas publicas de Juventude com os diversos setores do governo e da sociedade civil”, afirma Camila Cardoso, assessora municipal de Políticas públicas para a Juventude.
O Plano tem ações divididas em quatro eixos: Desconstrução da Cultura de Violência; Transformação de territórios; Inclusão, emancipação e garantia de direitos; e Aperfeiçoamento institucional. Para Kizie de Paula Aguiar, assessora de Integração Racial, a adesão do município ao Juventude Viva “é um grande avanço nas políticas públicas que visam o enfrentamento ao racismo, prevenção da violência e principalmente o acesso e garantia do direito ao trabalho, cultura e educação.
Os homicídios são hoje a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores de periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais da metade (53,3%) das 49.932 vítimas de homicídios em 2010 no Brasil eram jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e pardos) e 91,3% do sexo masculino. É como se caíssem 8 aviões lotados de jovens por mês. Os homicídios de jovens representam uma questão nacional de saúde pública e uma grave violação aos direitos humanos.
Para mais informações sobre o evento, fazer contato pelo telefone 3532-2425.