O chorume produzido pelo Aterro Sanitário de Rio Claro já está sendo tratado desde a semana passada, quando quatro aeradores começaram a funcionar em duas lagoas. O investimento feito pela empresa Qualix, que vem operando o aterro do município, já estava previsto no contrato assinado com a prefeitura.
Os aeradores são equipamentos dotados de pás, lembrando ventiladores, que trabalham na superfície das lagoas, com a função de oxigenar o chorume, o que acarreta um processo mais rápido de decomposição. Quanto maior a oxigenação, mais acelerada é a decomposição.
O tratamento, contudo, é demorado até que o chorume atinja um ponto que torne possível a utilização do líquido para irrigar o próprio aterro – providência que também facilita a decomposição dos resíduos orgânicos ali depositados – e, da mesma forma, possibilite o descarte seguro de parte do líquido na estação de tratamento de esgotos.
Três lagoas estão ativadas, atualmente, no Aterro Sanitário de Rio Claro. O processo de tratamento do chorume começa a partir do momento que o líquido flui por um sistema de drenagem, correndo, por gravidade, até um poço de concreto, para dali seguir em direção às três lagoas. Até aqui, a purificação dependia da natureza e seguia um compasso lento de decantação. Agora, os aeradores reduzem a demora.
A Qualix também anuncia a finalização de uma quarta lagoa que está sendo construída para evitar que as demais transbordem em situação de chuva intensa e persistente. Todas elas aproveitam o efeito da gravidade, dispensando bombeamento.
O Aterro Sanitário de Rio Claro recebe, atualmente, “o equivalente a 130 toneladas de lixo doméstico por dia, o que corresponde a quatro mil toneladas por mês e, além disso, são mais de 400 toneladas de resíduos industriais por mês”, informa o engenheiro Luiz Antonio Seraphim, da Sepladema. “A área total é de 90 mil metros quadrados, dos quais 60 mil são ocupados pelo aterro”, acrescenta Regina Ferreira da Silva, diretora de Resíduos Sólidos da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema).