A possibilidade da Floresta Estadual Navarro de Andrade sediar atividades desenvolvidas pela Unesp foi tema de reunião nesta semana entre o prefeito de Rio Claro, Du Altimari, e o diretor do Instituto de Biociências na Unesp, Cláudio Von Zuben. “Novamente a acolhida à ideia foi positiva”, comenta Altimari, que defende essa sugestão do governo municipal como uma interação vantajosa tanto para a universidade quanto para a floresta. “A nossa floresta é uma riqueza ambiental que pode ser utilizada pela Unesp para atividades científicas, de pesquisa e ensino”, observa o prefeito.
Von Zuben lembrou a afinidade histórica existente entre a Unesp e a floresta, já que o campus da Bela Vista teve origem em área do então Horto Florestal doada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, um dos núcleos formadores da Universidade Estadual Paulista.
A reunião aconteceu na quarta-feira (2) e contou com a presença do gestor da Feena, Gabriel Castellano; do diretor municipal de Manejo Florestal, Milton Machado Luz; e do técnico da Secretaria de Meio Ambiente de Rio Claro, Miguel Milinski.
O assunto já havia sido tratado pelo prefeito Altimari em eventos da Unesp, realizados em outubro do ano passado. Em um deles, o reitor da universidade, Julio Cezar Durigan, elogiou a iniciativa ressaltando que idéias que possam contribuir com a instituição são sempre bem vindas. Em outra reunião, a vice-reitora Marilza Vieira Cunha Rudge recebeu com simpatia as sugestões e disse que o pleito corresponde às expectativas futuras da instituição, antecipando que apoia a ideia no âmbito da universidade.
De acordo com a sugestão de Altimari, a Unesp poderia instalar um curso, laboratório ou mesmo salas de aula na Floresta Navarro de Andrade. “Há evidentes afinidades entre o foco de grande parte dos estudos, pesquisas e ensino da universidade e aquela reserva florestal”, avalia o prefeito.
Altimari tem grande expectativa de que a proposta se concretize, uma vez que outras parcerias recentes com a universidade estadual trouxeram resultados bastante positivos ao município, como as obras de instalação da Cidade Judiciária e a regularização de área estadual para a Unesp.
Criada em 1909, a reserva tem 2.230 hectares e, pela variedade de espécies que abriga, tornou-se conhecida como “berço do eucalipto”, título que advém de ser referência no cultivo e pesquisa da planta. Originalmente propriedade da Companhia Paulista, a floresta foi transferida para a Fepasa na década de 1970. Em 1998 passou a ser administrada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e posteriormente pela Fundação Florestal.